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Líbia tem interesse em mediação de Chávez na crise, diz Venezuela
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DA FRANCE PRESSE, EM CARACAS
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo líbio e a Liga Árabe estão interessados na mediação internacional proposta pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, para encontrar uma solução pacífica para a crise do país norte-africano, informou o ministro venezuelano da Informação, Andrés Izarra.
"Confirmamos o interesse líbio em aceitar esta proposta, assim como o da Liga Árabe. Hoje a Venezuela continua com sua intensa agenda de gestões no mundo árabe e no mundo inteiro, para buscar a paz na Líbia", declarou.
Segundo Izarra, Chávez conversou sobre esta proposta com o ditador líbio, Muammar Gaddafi.
Chávez fez na segunda-feira (28) a proposta de envio de uma missão internacional de paz à Líbia, formada por vários países amigos, para evitar uma guerra civil no país.
O líder venezuelano também advertiu que uma eventual intervenção militar externa na Líbia seria uma "catástrofe".
Ontem, Chávez conversou com Gaddafi para detalhar sua proposta sobre o envio de uma missão internacional de paz ao país africano. "Confirmamos a conversa do comandante Chávez com Gaddafi ontem (terça-feira) sobre a proposta de uma Comissão de Paz para a Líbia", escreveu o ministro Izarra no Twitter, sem dar detalhes do diálogo.
Na segunda-feira Chávez já havia afirmado que uma invasão da Líbia seria "uma catástrofe" e acusou os Estados Unidos de estarem "enlouquecidos" pelo petróleo do país.
"Os Estados Unidos já disseram que estão prontos para invadir a Líbia. E quase todos os países da Europa condenando à Líbia, o que querem? Claro, esfregam as mãos com o petróleo da Líbia", disse Chávez.
Em um ato público, Chávez disse que não iria "condenar à distância o líder líbio" sem saber o que está ocorrendo na nação africana, dizendo ter a certeza de que os Estados Unidos "estão exagerando e distorcendo" a realidade do que ocorre na Líbia.
CONFRONTOS
Forças leais a Gaddafi voltaram a realizar ataques aéreos contra o centro petrolífero de Brega nesta quinta-feira. A operação ocorre um dia após rebeldes opositores armados terem conseguido repelir uma tentativa dos partidários do regime de retomar o controle da instalação estratégica, localizada na parte leste do país, cerca de 800 quilômetros da capital, Trípoli.
O ataque em Brega marca a primeira contraofensiva do regime no leste líbio, dominado pelos rebeldes, e ilustra as profundas dificuldades que as forças de Gaddafi --uma mistura de milicianos, mercenários e unidades militares-- têm tido em reverter a revolta popular, iniciada em 15 de fevereiro.
Brega é o local onde está a segunda maior instalação de petróleo e é controlada pela oposição desde a semana passada.
PRESSÃO DOS EUA
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou em Washington que uma das maiores preocupações dos EUA é de que a "Líbia desça ao caos e se torne uma outra Somália".
Dois navios de assalto dos Estados Unidos, o USS Kearsarge e o USS Ponce, atravessaram o mar Vermelho e chegaram ao Mediterrâneo na tarde de quarta-feira. O Kearsarge pode transportar até 2.000 fuzileiros navais.
Os EUA anunciaram na segunda-feira (28) a mobilização de navios e aviões para mais perto do território da Líbia, onde Gaddafi reprime com violência a rebelião popular e militar.
Tal mobilização militar, no entanto, é amplamente vista como uma demonstração simbólica de força, uma vez que nem os EUA nem seus aliados da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se mostram dispostos a uma intervenção militar direta.
Também na segunda-feira, o destróier USS Barry já havia passado por Suez, e agora está no sudoeste do Mediterrâneo.
A Casa Branca afirmou que os navios estão sendo reposicionados numa preparação para possíveis esforços humanitários, como retirada de refugiados ou entrega de suprimentos, mas destacou que "nenhuma opção foi retirada da mesa".
Também na quarta, promotores do Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciaram que investigarão o regime de Gaddafi por possíveis crimes cometidos contra manifestantes de oposição que pedem sua renúncia. Nomes de pessoas consideradas suspeitas serão divulgados já nesta quinta-feira. A ação foi anunciada um dia depois de a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) ter suspendido o país do norte da África do Conselho de Direitos Humanos da entidade.
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