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10/03/2011 - 09h39

Para embaixador brasileiro, Líbia já vive guerra civil

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MARCELO NINIO
ENVIADO A BENGHAZI

Muammar Gaddafi conta com expressivo apoio popular, sobretudo na região da capital, e com o suporte de boa parte das Forças Armadas, estima o embaixador do Brasil em Trípoli, George Ney de Souza Fernandes.

Somando tal avaliação ao fato de uma vasta porção do país estar tomada por insurgentes, o embaixador não tem dúvidas: "A Líbia está em guerra civil".

Entre os motivos por trás da popularidade de Gaddafi na capital, ele cita as "benesses" concedidas pelo regime, como a redução dos preços de alimentos, a concessão de crédito habitacional e a entrega de dinheiro vivo.

"Na semana passada, cada líbio pôde sacar 500 dinares (cerca de R$ 670) nos caixas eletrônicos de Trípoli, mesmo os que não tinham conta bancária", contou.

Ele confirmou a proposta feita em público na semana passada por Gaddafi de que o Brasil e outros países façam parte de uma missão de observadores à Líbia.

A oferta foi feita na última quinta-feira, durante uma cerimônia por ocasião do feriado líbio conhecido como "Dia do Poder do Povo", para a qual Gaddafi convidou embaixadores no país.

Setenta representantes atenderam ao convite, levando Souza Fernandes a concluir que esse é o número de países que ainda mantêm representantes na Líbia.

Segundo ele, Gaddafi citou o Brasil quatro vezes como país que poderia atuar como observador. Uma delas junto com a União Africana e as demais com Índia,
China e Rússia. Mas depois da proposta, afirma, o governo líbio não fez contato com o Brasil.

Souza Fernandes é o único diplomata que resta na embaixada em Trípoli depois que o Itamaraty retirou dois funcionários brasileiros na sexta-feira por segurança. Mas a representação não foi desativada.

 

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