Protesto de professores e taxistas paralisa capital de Honduras

Milhares de educadores que rechaçam a municipalização da educação, e taxistas que protestam contra a alta dos combustíveis provocaram nesta segunda-feira um caos no trânsito que praticamente paralisou a capital de Honduras, Tegucigalpa.

Os professores, reunidos na Federação de Organizações Magisteriais de Honduras (FOMH), que mantém uma rusga com o presidente Porfírio Lobo, queimaram pneus nas ruas Fuerzas Armadas e Centroamérica, duas das mais movimentadas da cidade.

	Orlando Sierra/AFP
	Professores hondurenhos em greve montam barricada com pneus em chamas em via da capital, Tegucigalpa

"O professor consciente está aqui, presente", gritavam os educadores que protestavam contra um projeto que foi discutido, mas que ainda não foi aprovado, segundo o qual os municípios assumiriam o controle da educação pública em aspectos administrativos e de nomeação de funcionários.

Os professores têm paralisaram todo o sistema educativo, que atende a mais de dois milhões de estudantes, e Lobo advertiu que, após negociações na sexta-feira com os dirigentes sindicais, não retomará as conversações se os docentes não retomarem as aulas.

Por seu lado, os taxistas desfilaram com seus veículos no centro de Tegucigalpa, alguns dos quais levando faixas pregadas em seus para-brisas com a frase: "Sem mais aumentos de combustíveis".

Nesta segunda, entrou em vigência um novo aumento nos preços dos derivados de petróleo em Honduras.