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Fumaça em reator de Fukushima provoca nova retirada de técnicos
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Os técnicos que trabalhavam no reator 3 da usina nuclear de Fukushima Daiichi foram retirados da região nesta quarta-feira devido a uma fumaça preta que começou a sair dessa unidade, uma das mais afetadas pelas recentes explosões.
Por volta das 16h30 da hora local (4h30 de Brasília), uma espessa fumaça preta foi vista saindo do danificado reator 3 da usina, sem que se conheça a sua origem, indicou a Tokyo Electric Power Company (Tepco), a operadora da central.
Esta é a segunda vez em dois dias em que é observada fumaça escura saindo do reator 3, o que indica, segundo os especialistas consultados pela emissora de TV NHK, que não se trata de vapor d'água.
A unidade 3 é uma das mais perigosas, porque funciona com uma mistura de urânio e plutônio.
Na noite de terça-feira, os operários da central conseguiram restabelecer a eletricidade do painel de controle da unidade, o que permitiria iniciar algumas funções internas e medir a temperatura e a pressão da instalação.
PEDIDO DE DESCULPAS
Um vice-presidente da Tepco pediu desculpas na terça-feira à população que se viu obrigada a abandonar a região.
"Sinto muito sinceramente, nossa empresa provocou ansiedade e prejuízos aos habitantes das proximidades das centrais, aos do município de Fukushima e aos do país em seu conjunto", declarou Norio Tsuzumi, que se inclinou profundamente, como exige a tradição do país.
Os diferentes organismos públicos repetem que o nível de radioatividade detectado na chuva, na água corrente e em alguns alimentos não representa uma ameaça para a saúde.
As operações foram iniciadas após os primeiros incidentes registrados em 12 de março, apesar do risco que representam para a saúde dos bombeiros e técnicos expostos a fortes radiações.
*AGÊNCIA DE ONU RECLAMA *
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) reclamou na terça-feira da falta de informações liberadas pelo governo japonês sobre a situação do vazamento de material radioativo.
Os sistemas de monitoramento da agência da ONU detectaram hoje níveis de radiação 1.600 vezes maior do que o normal numa área de 20 km ao redor da usina de Fukushima.
"Nós não recebemos informações válidas já faz algum tempo sobre a integridade dos conteúdos do reator 1. Estamos preocupados por não saber o status [atualizado]", disse Graham Andres, um oficial de alta patente da AIEA.
O órgão disse ainda que o Japão precisa fornecer mais informações sobre os reatores 1,3 e 4.
Com a Efe
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