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Prosseguem os ataques entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A tensão na Faixa de Gaza e em seus arredores continua com ataques das milícias palestinas e do Exército israelense registrados durante toda a madrugada desta quinta-feira.
"Esta manhã um avião identificou um grupo de pessoas que iam lançar um foguete contra Israel e disparou contra elas", disse à uma porta-voz do Exército israelense.
Fontes palestinas ainda não confirmaram se há vítimas, e nenhuma milícia informou de ataques contra seus integrantes.
A porta-voz militar também confirmou bombardeios contra um túnel usado para contrabando no sul de Gaza e contra um "centro de atividade terrorista" no norte do território.
Os ataques não deixaram mortos nem feridos, segundo a agência de notícias palestina "Ma'an".
"O ataque a estes pontos ocorreu em resposta ao lançamento de foguetes Grad e Qassam e bombas desde Gaza contra civis israelenses nos últimos dias", indica um comunicado do Exército israelense, que assegura que nos últimos quatro dias foram lançados 25 projéteis ao território de Israel.
Segundo a porta-voz militar, uma bomba caiu no início da madrugada na região de Eshkol, enquanto outro projétil alcançou a região de Ashkelon, ambos sem deixar vítimas ou danos.
A escalada de violência na região ocorre após o atentado a bomba que deixou um morto e mais de trinta feridos na quarta-feira em Jerusalém, e depois da morte de oito palestinos vítimas de ataques israelenses, na terça-feira.
A bomba explodiu aproximadamente às 15h (10h em Brasília), em um ponto de ônibus na entrada do Centro de Convenção Internacional e do lado oposto da estação central de ônibus --uma área lotada de pedestres e passageiros.
O som da explosão foi ouvido por várias quadras em Jerusalém e quebrou as janelas de dois ônibus lotados. As equipes de resgate removeram feridos cheios de sangue em macas.
Inicialmente, a explosão deixou apenas feridos, quatro deles com gravidade. Mas o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, afirmou que uma mulher de 60 anos não resistiu aos ferimentos e morreu.
A polícia fechou o local pouco após a explosão e lançou uma busca por mais explosivos. Inúmeras equipes de emergência também trabalham no local, observados por dezenas de pedestres.
O chefe de polícia de Jerusalém, Aharon Franco, disse que a bomba tinha cerca de um ou dois quilos e foi plantada em uma maleta na calçada. Ele disse ainda que a polícia está em alerta para outros ataques.
Um paramédico disse que estava com colegas em um local próximo para discutir envio de uma equipe ao Japão, quando ouviu a explosão.
"Nós não esperamos nem um segundo, nós apenas levantamos e corremos à estação de ônibus. Eu vi duas mulheres no chão, inconscientes e cobertas de sangue", disse Motti Bukchi.
EMBAIXADOR COMENTA CRISE
O embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Oren, afirmou na quarta-feira que a reação de seu país ao atentado em Jerusalém não desencadeará um "confronto" com os palestinos, rejeitando um "ciclo de violência".
Mas para o embaixador israelense, o atentado a bomba em Jerusalém e a morte de oito palestinos vítimas de ataques israelenses não estão diretamente vinculados.
"Lamentamos o fato de civis terem sido mortos e de o Hamas ter disparado contra áreas civis", declarou o diplomata à rede MSNBC.
"Mas não há um ciclo de violência e não queremos uma escalada. Não buscamos um confronto com o Hamas nem com os palestinos em geral", acrescentou.
Perguntado se Israel considera os palestinos responsáveis pelo atentado, Oren respondeu: "Consideramos os palestinos responsáveis pelo clima que levou à violência".
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