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27/03/2011 - 16h42

ONGs de direitos humanos denunciam dezenas de prisões na Síria

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Organizações de direitos humanos baseadas na Síria e em Londres denunciaram neste domingo a prisão de dezenas de manifestantes opositores ao regime durante os protestos realizados nesta semana no país.

De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, muitos foram detidos pelas forças de segurança. "Fomos informados que dezenas de opositores foram detidos durante as manifestações em diferentes cidades e temos uma lista de nomes", informou a organização, que forneceu uma lista de 41 nomes de pessoas presas em Damasco, Homs, Deir al Zoe e outras cidades.

Já a Anistia Internacional, com sede em Londres, elaborou uma lista de 93 pessoas detidas durante o mês de março por suas atividades na internet em diversas cidades do país.

LIBERTAÇÕES

As denúncias chegam horas após as autoridades sírias libertarem 17 ativistas detidos recentemente durante um protesto diante do Ministério do Interior em Damasco, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Segundo um comunicado da ONG, as autoridades rejeitaram a libertação de outros nove ativistas, enquanto se desconhece o destino de três pessoas que também foram detidas no mesmo protesto.

O Observatório condenou, além disso, que as forças de segurança sírias dissolvessem no último dia 16 um protesto de dezenas de ativistas e de famílias de presos políticos diante da sede do Ministério do Interior.

A organização pediu também a libertação imediata de todos os presos políticos e a suspensão da "política de detenções" contra opositores e ativistas de direitos humanos.

No sábado, cerca de 70 presos políticos, a maioria deles curdos, foram libertados na Síria, informou o ativista e expresso político Akram al Buni.

Dois dias antes, a conselheira da Presidência síria, Buzeina Shaaban, anunciou que o Governo sírio suspenderia as "detenções arbitrárias", em entrevista coletiva na qual assegurou também que as autoridades estudam as reivindicações "legítimas" do povo.

A libertação dos ativistas se produz no meio de uma série de protestos políticos na Síria desde o início do mês e que até hoje já somaram 70 mortes.

PROTESTOS

Na sexta-feira (25), a violência se espalhou pelas ruas da Síria, com soldados abrindo fogo contra manifestantes antigoverno em várias cidades do país. As manifestações e a violenta repressão representam uma escalada na revolta popular, inspirada pelos movimentos em outros países árabes --como Egito, Líbia e Tunísia.

Segundo a rede de TV Al Jazeera, ao menos 20 pessoas teriam morrido após disparos da polícia para dispersar a manifestação em Sanamein, perto de Deraa. A Al Jazeera também informou que outro manifestante morreu em Deraa.

De acordo com o grupo de direitos humanos Anistia Internacional, pelo menos 55 pessoas morreram desde o início dos protestos na cidade e redondezas, há uma semana.

De acordo com o relato de um morador, soldados atiraram contra manifestantes na cidade de Deraa, no sudeste do país, após a multidão tentar atear fogo à estátua do ex-presidente Hafez Assad, pai do atual presidente, Bashar al Assad.

Milhares correram para a praça central Assad depois que os tiros começaram muitos deves gritando "Liberdade" e segurando bandeiras, de acordo com informações de um morador que falou por telefone com a Associated Press.

 

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