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Míssil israelense mata ao menos dois guerrilheiros palestinos
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um míssil disparado por um avião teleguiado israelense matou neste domingo ao menos dois membros da Jihad Islâmica em Gaza e feriu outras três pessoas.
Em um comunicado, as Brigadas al Qods, braço armado da Jihad Islâmica, confirmaram que os dois homens mortos pertenciam à organização, e prometeram responder "a este crime no momento e local apropriados".
Israel também anunciou neste domingo que mobilizará perto de Beersheva, no Deserto do Neguev, uma bateria do sistema de defesa antimísseis "Cúpula de Ferro" para proteger-se dos disparos de foguetes a partir da faixa de Gaza.
Esses fatos acontecem um dia depois que vários movimentos palestinos reunidos na faixa de Gaza, com intermediação do Hamas, se declararam dispostos a um "retorno à calma" e a uma trégua tácita com Israel, depois da recente escalada de violência, se o Estado hebreu fizer o mesmo.
Por sua parte, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, que não participou no encontro em Gaza, se reuniu em Ramallah, na Cisjordânia, com representantes do Hamas para discutir sobre a reconciliação entre as duas facções rivais palestinas.
O Hamas está do lado do consenso nacional (palestino) e estamos comprometidos com um retorno à calma durante todo o tempo que o ocupante (israelense) fizer o mesmo", afirmou o representante do movimento islamita palestino, Ismael Radwan, ao término de uma reunião de duas horas em um hotel da cidade de Gaza.
ENTENDA
O "consenso nacional palestino" faz alusão à trégua anunciada pelo movimento islamita em janeiro de 2009 por causa da operação israelense contra o encrave palestino.
O encontro foi convocado pelo Hamas, que controla a faixa de Gaza desde 2007, e contava, entre outros, com a participação da Jihad Islâmica, organização radical à qual se atribui a maioria dos disparos de foguetes nos últimos dias contra o sul de Israel.
A Jihad se comprometeu a respeitar uma trégua de fato nos mesmos termos anunciados pelo Hamas.
A reunião, na qual não participou o partido Fatah de Abbas, acontece depois de duas semanas de confrontos armados com Israel.
Dezenas de disparos de foguetes e obuses foram feitos de Gaza contra o sul do Estado hebreu, provocando represálias das forças israelenses e causaram oito mortos palestinos, quatro deles civis.
A estes enfrentamentos se somou nesta quarta-feira um atentado com bomba que matou uma pessoa e feriu mais de 30 perto da principal estação de ônibus de Jerusalém.
Trata-se do primeiro atentado na Cidade Santa desde a chegada ao poder em 2009 do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu e do fato mais violento no conflito israelense-palestino desde a operação militar israelense contra Gaza há dois anos.
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