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31/03/2011 - 09h58

Bispo de Trípoli diz que 40 morreram por bombas da coalizão

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O bispo apostólico da Igreja Católica na Líbia, Giovanni Innocenzo Martinelli, afirmou nesta quinta-feira que ao menos 40 pessoas morreram nos bombardeios da coalizão internacional sobre Trípoli, capital do país africano.

"Os chamados "bombardeios humanitários" causaram dezenas de vítimas entre civis em alguns bairros de Trípoli", disse Martinelli à agência de notícias vaticana Fides.

Ele afirma que um dos ataques das forças internacionais, que têm como alvo oficial as Forças Aéreas do ditador Muammar Gaddafi, atingiram um edifício residencial. O bombardeio teria causado a morte de 40 pessoas, diz o bispo.

O bispo afirmou ainda que vários hospitais de Trípoli foram atingidos por bombas, um deles no bairro de Misda, no sul da capital.

O governo líbio acusa, desde o início da operação internacional, as forças da coalizão de matarem dezenas de civis em seus bombardeios. Funcionários do governo chegaram a levar repórteres internacionais para os locais atacados e para hospitais e necrotérios, mas a evidência de morte de civis é inconclusiva diante da censura imposta por Trípoli à imprensa e possível manipulação.

Os países ocidentais dizem não ter evidência confirmada de morte de civis por seus ataques aéreos, aplicados sob resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para impor uma zona de restrição aérea no país e proteger os civis das forças de Gaddafi.

"Embora se saiba que os bombardeios buscam atacar somente alvos militares, é certo também que quando eles atingem alvos militares que estão no meio de bairros civis, a população também é envolvida", declarou o bispo.

"Eu coletei relatos de várias testemunhas confiáveis", disse Martinelli à Fides.

Segundo ele, a situação em Trípoli torna-se cada dia mais difícil. "A escassez de combustível se agravou, como demonstram as filas intermináveis de carros nos postos de gasolina. No plano militar, parece que há um impasse, já que, aparentemente, os rebeldes não têm força suficiente para avançar".

Ele insistiu ainda em uma solução diplomática "para pôr fim ao derramamento de sangue entre os líbios", além de oferecer a Gaddafi "uma saída digna" do poder.

 

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