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06/04/2011 - 15h13

Rebeldes líbios enviam 1º navio com petróleo para exportação

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um petroleiro zarpou nesta quarta-feira de um porto próximo à cidade de Tobruk, no leste da Líbia, com o primeiro carregamento de petróleo procedente de uma zona sob controle dos rebeldes oposicionistas.

O navio, de bandeira líbia e propriedade de uma empresa com sede na Grécia, abasteceu-se de petróleo durante a tarde e zarpou do terminal de Tobruk, 130 km da fronteira egípcia, para um destino não divulgado.

O barco chegou na véspera para exportar o primeiro carregamento de petróleo da rebelião líbia desde o início da intervenção da coalizão internacional, em 19 de março.

Andrew Winning /Reuters
Petroleiro grego Equator zarpa do porto de Tobruk; carregamento de petróleo pode ajudar a financiar rebeldes
Petroleiro grego Equator zarpa do porto de Tobruk; carregamento de petróleo pode ajudar a financiar rebeldes

Os rebeldes atravessam sérias dificuldades para financiar sua aquisição de armas, bem como as necessidades logísticas e de organização de uma administração incipiente. O dinheiro da negociação deve ajudar a financiar a insurreição contra o regime do ditador Muammar Gaddafi (além de afastar os temores de uma total paralisação da comercialização de petróleo em um dos maiores exportadores do mundo).

Em princípio, contudo, a compra de petróleo dos rebeldes poderia ser considerada ilegal, já que eles não são os proprietários de direito dos recursos petrolíferos da Líbia.

A solução seria reconhecer o Conselho Nacional Transitório (CNT) como o governo legítimo do leste da Líbia, região controlada pelos rebeldes, como já fizeram França, Qatar e Itália (antiga metrópole colonial da Líbia).

BATALHA

No fronte de batalhas, os rebeldes reclamam da pouca ajuda da coalizão internacional da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), a quem acusam de ter permitido a morte de civis na cidade de Misrata, terceira maior do país.

Abdel Fattah Younes, líder das forças rebeldes, disse que a Otan é muito lenta para ordenar incursões aéreas para proteger civis, o que permite às forças de Gaddafi massacrar a população de Misrata.

"A Otan nos abençoa vez por outra com um bombardeio aqui e ali, e deixa o povo de Misrata morrer a cada dia. A Otan nos decepcionou", declarou ele aos repórteres nesta terça-feira.

Youssef Boudlal /Reuters
Rebeldes fumam durante descanso em tenda; eles criticam Otan por não ajudá-los em Misrata
Rebeldes fumam durante descanso em tenda; eles criticam Otan por não ajudá-los em Misrata

Em resposta, autoridades da aliança declararam nesta quarta-feira que sua campanha aérea de seis dias agora se concentra em Misrata, único grande centro urbano no leste líbio onde a revolta popular contra Gaddafi não foi suprimida e sob bombardeio diário e fogo de atiradores de elite.

"A Otan tem um mandato muito claro das Nações Unidas e vamos fazer tudo para proteger os civis de Misrata", declarou a porta-voz adjunta da Otan, Carmen Romero.

A França saiu em defesa da intervenção militar na Líbia e afirmou que os ataques aéreos estão sendo atrasados por uma estratégia de Gaddafi de posicionar civis como proteção tática contra os ataques das aeronaves.

"Solicitamos formalmente que não haja danos colaterais para a população civil", afirmou ele à rádio France Info. "Isto obviamente torna as operações mais difíceis."

Ele admitiu, inclusive, um risco de estagnação das operações. "No terreno, a situação militar é confusa e indecisa", assinalou Juppé, ressaltando que as tropas do líder líbio atuam com caminhonetes e jipes, alvos mais difíceis de atingir a partir dos aviões.

Mas o francês afirmou também que, apesar do apoio ao rebelde Conselho Nacional de Transição da Líbia, a missão da coalizão internacional não é conquistar territórios.

 

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