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13/04/2011 - 13h49

Outtara pede ao TPI que investigue mortes na Costa do Marfim

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O novo presidente marfinense, Alassane Ouattara, anunciou nesta quarta-feira em coletiva de imprensa que pediu ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que inicie investigações sobre as vítimas dos confrontos entre seus seguidores e as forças leais ao presidente deposto, Laurent Gbagbo, no oeste do país.

"Falei com o promotor-geral da TPI para que inicie investigações", declarou Ouattara em coletiva de imprensa. "Estes massacres são inadmissíveis, indignos. Estou indignado".

Editoria de Arte / Folhapress/Editoria de Arte / Folhapress

Os partidários de Ouattara são acusados de serem os responsáveis por matanças que ocorreram no final de março, durante a ofensiva final contra Gbagbo. Ainda não há um saldo final de vítimas, mas relatos indicavam que até 800 pessoas foram mortas em um só dia, no auge da crise que se arrastou por quatro meses.

"Farei todo o possível para que estas condenações sejam o exemplo, não apenas para os marfinenses, como também para a África e mundo inteiro", prometeu Ouattara, que pode assumir como presidente após a prisão de Gbagbo, que se recusava a abandonar o poder, apesar do reconhecimento internacional da vitória do rival nas eleições presidenciais.

Ouattara assumiu as rédeas de um país à deriva, com a difícil missão de reconciliar uma nação e restabelecer a paz e a segurança, dois dias depois da prisão de Gbagbo.

Ele foi preso na segunda-feira (11) pelas forças de Ouattara, com a ajuda da ONU e da França, e levado com sua mulher ao Golf Hotel, central do presidente eleito da Costa do Marfim. Nesta quarta-feira, ele foi transferido nesta quarta-feira de helicóptero ao norte do país, segundo o porta-voz da missão das Nações Unidas na Costa do Marfim (Onuci), Hamadoun Touré, informou à agência de notícias France Presse.

Pouco antes, Ouattara declarara que Gbagbo havia deixado o Golf Hotel, em Abidjã, onde estava preso, para dirigir-se a um destino desconhecido, dentro do país. "Neste momento, o senhor Laurent Gbagbo já não está no Golf Hotel, está na Costa do Marfim, em um lugar seguro".

FRANÇA

Já o presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou que seu país "cumpriu seu dever com a democracia e a paz na Costa do Marfim", durante uma reunião do Conselho de Ministros.

Sarkozy "destacou o fato de que a França cumpriu seu dever em prol da democracia e da paz na Costa do Marfim, um país ao qual estamos profundamente ligados pela história", indicou o porta-voz François Baroin.

Sia Kambou/AFP
Soldados patrulham em tanques franceses a cidade de Abdijã, palco da queda do presidente Laurent Gbagbo
Soldados patrulham em tanques franceses a cidade de Abdijã, palco da queda do presidente Laurent Gbagbo

"As forças francesas atuaram a pedido das Nações Unidas e apoiaram os Capacetes Azuis seguindo os termos do mandato fixado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Atuaram porque era preciso proteger os civis em uma situação de segurança humanitária que não parava de piorar", alegou Baroin.

"A segurança de nossos cidadãos foi, durante toda a crise, a prioridade de nossas forças. O governo felicitou o profissionalismo dos militares franceses mobilizados na Costa do Marfim, cumpriram sua missão com seriedade, com eficácia e com cortesia. O presidente da República destacou que podíamos ficar orgulhosos", concluiu.

 

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