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França quer mais ataques contra centros logísticos de Gaddafi
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A França e o Reino Unido querem ampliar os ataques aéreos para os centros de logística e decisão do Exército do ditador da Líbia, Muammar Gaddafi, em vez de começar a armar os rebeldes líbios.
"Esse é o motivo por que a França e o Reino Unido querem mostrar sua determinação, incluindo com ataques a centros militares e de decisão na Líbia ou postos de logística que hoje estão sendo poupados", disse o ministro da Defesa francês, Gerard Longuet, ao ser questionado se estava na hora de enviar armamentos aos rebeldes.
"Por quê? Porque queremos evitar uma guerra civil [...] a força do outro lado deve ser neutralizada, e então os ataques que estamos pedindo não têm como objetivo armar os insurgentes. Nosso objetivo não é organizar uma frente, é que as tropas de Gaddafi voltem aos seus quartéis", disse ele à televisão LCI.
Já o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Anders Fogh Rasmussen, expressou otimismo nesta sexta-feira de que os países aliados forneçam os aviões de ataque de alta precisão necessários para bombardear mais alvos de Gaddafi na Líbia.
Representantes da Otan dizem que faltam à aliança cerca de dez aviões para ataques aéreos. Um funcionário francês citou a Itália, Espanha, Holanda e Suécia como países que poderiam fazer mais.
"Recebemos indicações de que os países fornecerão o que for preciso. Tenho a esperança de que consigamos os equipamentos necessários no futuro muito próximo", disse Rasmussen em coletiva de imprensa durante reunião de chanceleres da Otan em Berlim.
França e Reino Unido estão exortando outros aliados da Otan a fornecer mais aviões capazes de atingir as forças terrestres de Gaddafi, depois de os EUA terem reduzido sua participação na operação. Os rebeldes líbios querem uma atuação mais agressiva da Otan.
O otimismo marcou também o discurso do chanceler britânico, William Hague. "Tenho a esperança de que mais equipamentos de ataque serão disponibilizados para a Otan", disse Hague, depois de se reunir com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
Hague disse ainda que os EUA e o Reino Unido coincidem em sua visão dos equipamentos militares adicionais necessários para a missão na Líbia.
"É claro que discutimos alguns detalhes específicos sobre o que vamos fazer, mas não entrarei em detalhes sobre isso no momento", disse o chanceler britânico, aludindo a suas discussões com Hillary.
Os rebeldes líbios vêm pedindo mais ataques aéreos, dizendo que enfrentam um massacre causado pelos ataques de artilharia das forças do governo na cidade cercada de Misrata.
RESISTÊNCIA
Nem todos os países demonstraram estar dispostos a ampliar sua ação militar na Líbia. A Itália, vista como candidata chave para aumentar o poder de fogo da Otan, imediatamente excluiu a possibilidade de ordenar que seus aviões abram fogo.
Roma disponibilizou bases aéreas para as forças da Otan e contribuiu para a missão com oito aviões, mas apenas para reconhecimento e monitoramento.
"A linha que está sendo seguida atualmente pela Itália é a correta, e não estamos pensando em mudar nossa contribuição para as operações militares na Líbia", disse a repórteres em Roma o ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa.
Na quinta-feira, a Espanha declarara que não tem planos para juntar-se aos sete dos 28 membros da Otan que têm participado dos ataques aéreos.
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