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16/04/2011 - 16h45

Nigéria registra eleições pacíficas com baixa participação

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DA EFE, EM LAGOS

Nigéria, o país mais povoado da África, votou neste sábado em eleições presidenciais que se caracterizaram pela ausência quase total de incidentes violentos e pela baixa participação, especialmente no sul, de maioria cristã.

O porta-voz da Ceni (Comissão Eleitoral Nacional Independente) da Nigéria, Prince Solomon Soyebi assegurou que as eleições se desenvolveram melhor que as eleições legislativas da semana passada --que precisou adiar em duas ocasiões por falta de material eleitoral básico--, embora com menor afluência de eleitores.

O presidente do país e candidato à reeleição pelo PDP (Partido Democrático Popular), Goodluck Jonathan, destacaram "o interesse e o compromisso" de seus compatriotas.

"Estou muito contente de estar consolidando nossa democracia. Os votos são a base do sistema. Isto demonstra que o poder pertence à população", assinalou o máximo líder da democracia maior do continente.

"É um novo amanhecer na evolução política da Nigéria", opinou Jonathan após introduzir sua cédula em uma urna em sua localidade natal, Otuke, no sul do país.

Seu principal concorrente, Muhammadu Buhari, do opositor Congresso para a Mudança Progressiva, coincidiu em que as votações tinham se desenvolvido com normalidade, embora especificou que os dias prévios às eleições tinham registrado alguns "atos ilegais" que poderiam prejudicar os resultados das urnas.

Por sua parte, o ex-presidente Olusegun Obasanjo também aprovou o processo: "As eleições foram pacíficas e tranquilas, embora a participação tenha sido baixa. Espero que esta seja uma vitória para a Nigéria que ajude o país a consolidar nossa democracia".

O chefe da Missão de Observadores da Cedeao (Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental), Amos Sawyer, disse que sua equipe tinha comprovado "o compromisso democrático" de eleitores e organizadores.

As eleições foram, segundo a Missão da União Europeia, melhores que os duplamente adiados pleito legislativos do sábado passado.

"A qualificação de nossos observadores é inclusive maior que a de uma semana atrás porque melhoraram muitos aspectos, como a pontualidade e a paciência entre os eleitores. Só houve alguns casos isolados nos quais faltava material", apontou Alojz Peterle, principal responsável dos emissários europeus.

No entanto, ocorreram alguns episódios violentos nas horas prévias à abertura das urnas e casos pontuais de menores de idade que tentaram depositar seu voto.

Na localidade setentrional de Maiduguri se registraram duas explosões, nas quais não houve vítimas nem feridos, e na noite de sexta-feira se informou do assassinato de duas pessoas, por dois indivíduos armados, que também feriram outras cinco na mesma região.

Embora por enquanto se desconheça a autoria do atentado, a cidade é objeto de ataques frequentes por parte do grupo fundamentalista islâmico Boko Haram, que costuma escolher políticos e agentes de segurança como seus objetivos.

Durante as eleições legislativas do sábado passado --adiadas em duas ocasiões por falta de material eleitoral básico--, 39 pessoas morreram em diversos episódios violentos relacionados com o pleito.

A fim de evitar estes atos, as autoridades nigerianas mobilizaram neste sábado 240 mil policiais e milhares de agentes armados por todo o país.

Embora não exista horário oficial para o fechamento das urnas, a Ceni estima que as votações serão encerradas às 18h30, hora local (14h30 do horário de Brasília).

O credenciamento de eleitores registrados começou às 8h hora local (4h do horário de Brasília) e se prolongou durante quatro horas.

Quinze candidatos aspiram à Presidência da Nigéria, dos quais só quatro parecem ter possibilidades, entre eles, o atual líder nigeriano.

As eleições presidenciais deste sábado são as segundas de uma série de três convocações, com o pleito legislativo realizado no sábado passado e as eleições estatais, que serão realizadas na próxima terça-feira 26 de abril.

 

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