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08/05/2011 - 08h39

Exército prende 190 por confronto religioso no Egito

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DA FRANCE PRESSE, NO CAIRO

O exército do Egito disse neste domingo que prendeu 190 pessoas envolvidas nos violentos confrontos religiosos da noite de sábado entre cristãos e muçulmanos.

Pelo menos 10 pessoas morreram e 144 ficaram feridas.

Os presos serão levados aos tribunais militares, segundo o exército. Um comunicado informa que "todas as pessoas detidas serão apresentados na Suprema Corte Militar".

O exército, que comanda o país desde a queda do ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro, prometeu atuar firmemente contra os responsáveis pela violência.

Um general disse que o exército não permitirá "nenhuma corrente impor sua hegemonia no Egito".

O primeiro-ministro egípcio, Esam Sharaf, convocou uma reunião para discutir esta crise, no seu gabinete para este domingo.

CONFRONTO

Ao menos dez pessoas morreram e 144 ficaram feridas --várias delas em estado grave-- no confronto armado registrado na noite de sábado entre cristãos e muçulmanos no bairro cairota de Imbaba, informaram fontes oficiais, segundo as quais a calma retornou a essa região da capital.

O incidente aconteceu quando grupos de muçulmanos atacaram a igreja de Mar Mina ao crer que os cristãos mantinham presa ali uma mulher que tinha se convertido ao Islã para se casar com um jovem desse credo.

Fontes médicas e oficiais citadas pela agência oficial "Mena" indicaram que o número de mortos chegava nas últimas horas a nove, depois que três pessoas que tinham ficado gravemente feridas morreram.

Seis das vítimas são muçulmanas e três cristãs coptas.

Em declarações à TV, Ali Abdel Rahman, governador da província de Giza, que inclui amplos setores do Grande Cairo e onde se encontra Imbaba, disse que o Exército e a polícia tinham conseguido devolver a calma ao bairro.

Segundo a TV pública, as declarações que algumas das testemunhas fizeram tornam impossível estabelecer quem começou o confronto e de onde procediam os disparos. Também foram lançados coquetéis molotov.

Os muçulmanos agressores pertencem à corrente dos salafis, uma das mais rigorosas do Islã e que a cada dia está ganhando mais terreno no Egito.

Os cristãos egípcios, majoritariamente coptas, representam 10% da população do país, calculada em cerca de 75 milhões de habitantes.

Periodicamente há incidentes armados entre cristãos e muçulmanos no Egito por razões religiosas, especialmente no sul do país, embora começam a ser mais frequentes nesta capital.

 

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