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Exército prende 190 por confronto religioso no Egito
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DA FRANCE PRESSE, NO CAIRO
O exército do Egito disse neste domingo que prendeu 190 pessoas envolvidas nos violentos confrontos religiosos da noite de sábado entre cristãos e muçulmanos.
Pelo menos 10 pessoas morreram e 144 ficaram feridas.
Os presos serão levados aos tribunais militares, segundo o exército. Um comunicado informa que "todas as pessoas detidas serão apresentados na Suprema Corte Militar".
O exército, que comanda o país desde a queda do ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro, prometeu atuar firmemente contra os responsáveis pela violência.
Um general disse que o exército não permitirá "nenhuma corrente impor sua hegemonia no Egito".
O primeiro-ministro egípcio, Esam Sharaf, convocou uma reunião para discutir esta crise, no seu gabinete para este domingo.
CONFRONTO
Ao menos dez pessoas morreram e 144 ficaram feridas --várias delas em estado grave-- no confronto armado registrado na noite de sábado entre cristãos e muçulmanos no bairro cairota de Imbaba, informaram fontes oficiais, segundo as quais a calma retornou a essa região da capital.
O incidente aconteceu quando grupos de muçulmanos atacaram a igreja de Mar Mina ao crer que os cristãos mantinham presa ali uma mulher que tinha se convertido ao Islã para se casar com um jovem desse credo.
Fontes médicas e oficiais citadas pela agência oficial "Mena" indicaram que o número de mortos chegava nas últimas horas a nove, depois que três pessoas que tinham ficado gravemente feridas morreram.
Seis das vítimas são muçulmanas e três cristãs coptas.
Em declarações à TV, Ali Abdel Rahman, governador da província de Giza, que inclui amplos setores do Grande Cairo e onde se encontra Imbaba, disse que o Exército e a polícia tinham conseguido devolver a calma ao bairro.
Segundo a TV pública, as declarações que algumas das testemunhas fizeram tornam impossível estabelecer quem começou o confronto e de onde procediam os disparos. Também foram lançados coquetéis molotov.
Os muçulmanos agressores pertencem à corrente dos salafis, uma das mais rigorosas do Islã e que a cada dia está ganhando mais terreno no Egito.
Os cristãos egípcios, majoritariamente coptas, representam 10% da população do país, calculada em cerca de 75 milhões de habitantes.
Periodicamente há incidentes armados entre cristãos e muçulmanos no Egito por razões religiosas, especialmente no sul do país, embora começam a ser mais frequentes nesta capital.
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