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01/06/2011 - 08h05

Suspeito de crime de guerra, Mladic será indiciado na sexta em Haia

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ex-general sérvio-bósnio Ratko Mladic comparecerá pela primeira vez diante do Tribunal Penal Internacional para a Ex-Iugoslávia na próxima sexta-feira (3).

Veja galeria de imagens de Ratko Mladic
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Nesta quarta-feira, o tribunal de Haia anunciou uma nova ata de acusação contra Mladic, que reduz de 15 para 11 as acusações, entre elas genocídio, extermínio, assassinato, deportação, atos desumanos, atos de violência, ataques ilegais e sequestro, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

France Presse
Ex-comandante militar dos sérvios da Bósnia, Ratko Mladic, em fevereiro de 94 e em foto atual; ele vai ser extraditado
Ex-comandante militar dos sérvios da Bósnia, Ratko Mladic, em fevereiro de 94 e em foto atual; ele vai ser extraditado

Na audiência de sexta, que ocorre às 10h (5h de Brasília) na sala 1 do tribunal, Mladic poderá declarar-se culpado ou inocente. Caso ele se negue a depor, os juízes marcarão outra data com a mesma finalidade em um prazo de 30 dias.

Durante o primeiro comparecimento também ficará claro se o acusado contará com um advogado defensor ou se ao contrário optará por conduzir a própria defesa, como fez o ex-líder político sérvio-bósnio Radovan Karadzic.

Após sua chegada nesta terça-feira à prisão de Scheveningen (perto de Haia), Mladic passou por um exame médico, como estabelece o regulamento da penitenciária.

A família e o advogado de Mladic alegaram a saúde frágil do ex-general para tentar evitar a extradição. Na terça-feira, contudo, a Justiça sérvia rejeitou o recurso e aprovou sua viagem a Haia.

O mau estado de saúde do sérvio-bósnio de 69 anos poderia ser um dos eixos principais da defesa para atrasar o início do julgamento. O TPI disse, contudo, que está preparado para dar todo o tratamento médico necessário a Mladic e garantir o julgamento.

Mladic, que liderou o Exército sérvio-bósnio durante a Guerra da Bósnia (1992-95), responde pelo massacre de Srebrenica (1995), em que mais de 8.000 muçulmanos foram assassinados, e o cerco de 43 meses a Sarajevo, a capital da Bósnia. Se condenado, Mladic pode receber sentença de prisão perpétua, uma vez que não existe pena de morte.

 

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