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04/07/2011 - 15h19

Agência alerta para plano de reestruturação da Grécia

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DA REUTERS, EM ATENAS

A agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's) jogou mais incertezas nesta segunda-feira sobre os esforços da zona do euro para resgatar a Grécia, alertando que pode considerar uma proposta da França para rolar dívida do país detida pelo setor privado como moratória.

"É nossa visão que as opções de financiamento descritas na proposta serão uma moratória sob nossos critérios", disse a agência em nota.

Os bancos franceses propuseram voluntariamente renovar parte dos bônus gregos quando eles vencerem, mas sob termos diferentes.

SOCORRO

Os ministros de Finanças da zona do euro discutiram no sábado (2) os preparativos para um segundo pacote de resgate destinado a cobrir as necessidades da Grécia até 2014.

Neste sentido, tomaram nota dos compromissos anunciados por bancos que preveem participar do novo resgate, depois das negociações informais mantidas na França e Alemanha com seus respectivos setores bancários.

"As modalidades precisas e a escala da participação do setor privado e o financiamento adicional de fontes oficiais serão determinados nas próximas semanas", assinalou Juncker.

Segundo informações divulgadas pelo jornal grego "Ta Nea", o novo resgate será de 85 bilhões de euros, que se somarão aos 110 bilhões de euros outorgados em 2010.

Na distribuição, 30% seriam provenientes do FMI (25,5 bilhões de euros) e os demais 70% (59,5 bilhões de euros) da zona do euro --dos quais 30 bilhões de euros seriam provenientes de bancos.

Os ministros de Finanças da zona do euro decidiram no sábado desbloquear o quinto lote do resgate financeiro à Grécia, destinando 8,7 bilhões de euros para Atenas enfrentar suas necessidades econômicas mais urgentes. Outros 3,3 bilhões de euros do pacote, que totaliza 12 bilhões de euros (US$ 17,41 bilhões), ainda devem ser autorizados pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) em uma próxima reunião, mas a instituição já manifestou disposição em liberá-los em breve.

Trata-se da quinta parcela do socorro financeiro de 110 bilhões de euros que foram fechados em maio do ano passado.

AVANÇOS

Segundo a nota, os ministros de Finanças da zona do euro --que mantiveram uma teleconferência-- elogiaram os avanços das autoridades gregas e, especialmente, a aprovação parlamentar de "leis cruciais para a estratégia fiscal e as privatizações".

"As autoridades gregas ofereceram um firme compromisso de aderirem aos ajustes fiscais estipulados e à agenda de reformas estruturais geradoras de crescimento, componentes essenciais de nossa estratégia para restaurar a sustentabilidade fiscal e salvaguardar a estabilidade financeira", acrescenta o comunicado.

O Eurogrupo apela também para todos os partidos políticos gregos a apoiar "as metas principais e as medidas políticas básicas" do programa para assegurar uma aplicação "rigorosa e rápida".

CONDIÇÕES

A liberação da quinta parcela de socorro e um novo pacote de ajuda ao país dependiam de um novo programa de ajustes fiscais do governo grego. Esse programa, que prevê ajustes de 78 bilhões de euros, foi aprovado em duas sessões do Parlamento, na quarta e quinta-feira.

"Se cumpriram as condições para tomar uma decisão sobre o desembolso da próxima parcela de assistência financeira à Grécia", anunciaram os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, depois da aprovação da lei que coloca em prática os ajustes na Grécia.

O desembolso dos 12 bilhões de euros evitará que a Grécia dê um calote imediato na sua dívida. Com esses recursos, o país terá como honrar seus compromissos pelo menos até setembro.

 

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