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EUA revisa designação de grupo iraniano como terrorista
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DA EFE
Os Estados Unidos estão revisando a designação da Organização dos Mujahedins do Povo do Irã (PMOI, da sigla em inglês) como grupo terrorista estrangeiro, após anos de pressão por parte do grupo da oposição iraniana para ser retirado da lista negra.
O porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Mark Toner, confirmou nesta sexta-feira que o Executivo está revisando a qualificação de acordo com o que determinou o Tribunal Federal de Apelações do Distrito de Columbia há um ano.
Enquanto isso, mais de cem simpatizantes do PMOI, também conhecido como MEK (Mujahedin-e Khalq), se manifestaram às portas do Departamento de Estado para exigir uma ação rápida que retire o grupo da lista terrorista.
O PMOI declara que sua inclusão como organização terrorista, em 1997, foi um favor do governo de Bill Clinton ao governo iraniano, que o considera uma ameaça.
A ordem emitida pelo tribunal federal em 2010 afirma que o Departamento de Estado violou então as garantias a um processo adequado, ao negar ao grupo a oportunidade de rebater a informação não confidencial na qual se baseou sua inclusão na lista.
Toner assinalou nesta sexta-feira que, no dia 6 de junho, a defesa do MEK proporcionou "informação adicional" relacionada com o caso, e o Departamento de Estado se encontra agora revisando esses dados.
"Essa revisão levará a uma decisão da secretária de Estado, (Hillary Clinton), sobre se rescinde ou mantém a designação", acrescentou o porta-voz.
Em janeiro de 2009, em uma de suas últimas decisões no cargo, a então secretária de Estado Condoleezza Rice ratificou a inclusão do grupo, contradizendo as recomendações do responsável da luta antiterrorista por aquele então, Dell Dailey.
"O presidente (Barack) Obama continua dizendo que está do lado do povo iraniano, e necessita demonstrá-lo agora", disse à emissora CNN Shirin Nariman, uma das manifestantes que se reuniram nesta sexta-feira na frente do Departamento de Estado.
Nariman ressaltou que, se o líder apoia realmente o povo, deve "permitir que o principal grupo da oposição" trabalhe dentro e fora do Irã para pressionar pelo fim do regime de Mahmoud Ahmadinejad.
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