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Calma volta ao Reino Unido após dias de violência
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DA REUTERS, EM LONDRES
Após quatro noites de saques e vandalismo, as cidades britânicas parecem estar mais calmas nesta quarta-feira, depois de o governo mobilizar reforços policiais e prometer agir com firmeza para restaurar a ordem.
Às 21h30 (17h30 no horário de Brasília), os incidentes se limitavam a escaramuças e confrontos isolados entre tropas de choque da polícia e grupos de jovens. Com 16 mil policiais nas ruas, o clima em Londres --sede da Olimpíada de 2012-- ainda era de tensão, e grupos de moradores se encarregavam de vigiar bairros para evitar distúrbios.
Veja a galeria de fotos dos protestos em Londres
Outras cidades inglesas, como Manchester, Liverpool e Birmingham, por onde a onda de violência se espalhou nos últimos dias, também pareciam mais calmas.
"Precisamos de uma reação, e uma reação está em curso", disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron, após se reunir na quarta-feira com o Cobra, comitê governamental de combate a crises. "Todos os recursos que a polícia precisar ela terá."
Peter Byrne/Efe | ||
Homem caminha próximo a barricada em Liverpool na quarta noite de violência no Reino Unido |
O governo nega que os distúrbios tenham relação com cortes de gastos públicos, adotados para fazer frente ao enorme deficit público. Segundo as autoridades, trata-se de "criminalidade pura."
A indignação popular diante dos ataques contra estabelecimentos comerciais parece ter reforçado o argumento do governo. Nos saques, muitos itens supérfluos --televisores, joias, bebidas e doces-- estavam sendo levados, e pequenos estabelecimentos familiares foram atingidos.
Líderes comunitários e alguns dos próprios envolvidos nos distúrbios dizem que a violência é reflexo da frustração das camadas mais pobres no país, que tem um dos maiores índices de desigualdade social no mundo desenvolvido.
"Eles elevaram tarifas, cortaram benefícios para crianças. Todo mundo usou isso como uma chance para desabafar", disse um homem que participou dos incidentes no bairro londrino de Hackney, na zona leste.
Os distúrbios começaram no sábado, após um protesto pacífico contra a morte de um homem afro-caribenho baleado num incidente com policiais.
Em seu pronunciamento, Cameron não fez referência aos problemas sócio-econômicos nos bairros mais pobres, mas admitiu que "há bolsões" que "não estão apenas quebrados, mas francamente doentes."
Nos quatro dias de distúrbios, mais de 1.000 pessoas foram detidas, sendo a mais jovem de apenas 11 anos. Só em Londres foram 805 detenções.
Em Birmingham, a polícia abriu inquérito para investigar a morte de três muçulmanos atropelados em meio aos distúrbios. Os homens aparentemente participavam de um grupo de anglo-asiáticos que se organizara para proteger seu bairro de saqueadores.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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