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Aniversário do 11/9 lança sombra sobre muçulmanos
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DA REUTERS
O décimo aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 preocupa muitos muçulmanos, temerosos com o recrudescimento do ódio e dos preconceitos, segundo Mona Eltahawy, escritora egípcia radicada nos EUA.
Ela disse que os ataques da Al Qaeda contra Nova York e Washington foram, para muita gente nos EUA, uma introdução chocante e negativa ao islã, complicando a situação dos muçulmanos que já enfrentavam dificuldades para conciliar suas identidades com a vida em uma nação diversificada e laica.
"Muitos norte-americanos eram totalmente alheio ao que é um muçulmano até o 11 de Setembro. A primeira introdução ao islã foi muito negativa", disse ela em Melbourne, onde participou de um festival literário.
"Agora que estamos chegando ao décimo aniversário do 11/9, é hora de dizer que estamos aqui e que não iremos a lugar algum, somos americanos e muçulmanos também. Foram dez anos difíceis, e muitos de nós estamos apavorados com esse décimo aniversário, porque ele evoca muito ódio e preconceito."
Eltahawy, ex-jornalista de uma agência de notícias, deixou a segurança de um trabalho fixo mais ou menos na época do 11 de Setembro, para se aventurar numa carreira de ensaísta e colunista free-lancer.
Pessoalmente, ela diz nunca ter sofrido hostilidades, e atribui isso em grande parte ao fato de não usar véu sobre a cabeça e não "parecer muçulmana". Mas ela questiona o significado dessa expressão, já que uma das suas maiores lutas é contra o estereótipo que correlaciona autenticidade a conservadorismo.
"Eu me identifico como uma muçulmana liberal, progressista e secular. Uma das mensagens que tento transmitir é de que sou tão autêntica quanto uma muçulmana conservadora", afirmou.
"Quando você pensa em mulheres muçulmanas, pensa em mulheres com lenço na cabeça ou numa mulher como eu. Não há uma só forma de pensar no que é uma mulher muçulmana, há uma diversidade de aparências e uma diversidade de vozes."
Mas a última década --do 11 de Setembro à atual Primavera Árabe-- tem sido excitante e profissionalmente rica.
Entre as mudanças mais importantes e interessantes está o surgimento das redes sociais como Facebook e Twitter, que foram cruciais na organização dos levantes populares deste ano no Oriente Médio.
"A mídia social nos deu um assento de primeira fila nas revoluções em várias partes da região, mas elas não criaram essas revoluções", disse a autora, alertando contra reduzir todo o movimento a esses sites. "Dizer que foram revoluções (das redes) sociais retira a iniciativa e a coragem de todas essas pessoas que saíram às ruas e enfrentaram, seja os bandidos da segurança do regime de Mubarak... ou o que vimos acontecer na Líbia."
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