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FAO mobiliza artistas em luta contra a fome
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DA FRANCE PRESSE, EM ROMA
A FAO (Agência das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) mobilizou nesta segunda-feira em Roma o ator britânico Jeremy Irons e a cantora de jazz americana Dee Dee Bridgewater para sensibilizar a opinião pública sobre a tragédia da fome, que afeta aproximadamente um bilhão de pessoas no mundo.
Para a 31° Jornada mundial da alimentação, os dois embaixadores da boa vontade participaram de uma cerimônia na sala plenária da FAO, com base em Roma, na presença de ministros e representantes estrangeiros.
Dee Dee Bridgewater, cabeça raspada e com vestido com listras azuis e pretas, interpretou a canção "Anjo da Noite", enquanto Jeremy Irons foi oficialmente nomeado embaixador da boa vontade da agência.
Mario De Renzis/Efe |
A cantora de jazz Dee Dee Bridgewater, que participou nesta segunda-feira do encontro da FAO em Roma |
"Há muito a fazer. O buraco entre ricos e pobres não para de aumentar", lamentou o ator, que disse estar "orgulhoso de ser parte da FAO".
Jacques Diouf, diretor-geral do órgão, lembrou que "aproximadamente um bilhão de pessoas sofrem com a fome, o que representa um sétimo da população mundial".
"A volatilidade dos preços dos alimentos levanta a questão sobre um direito humano fundamental, o direito à alimentação", afirmou ao pedir "mais transparência nos mercados de alimentos no mundo".
Ele pediu que os governos invistam US$ 80 bilhões por ano na agricultura para aumentar a produção e as reservas até 2050.
Para Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atual diretora da ONU Mulheres, a "segurança alimentar deve ser uma prioridade do século 21". "Um bilhão de pessoas sofrem com a fome", lamentou.
Em uma mensagem à FAO, o papa Bento 16 afirmou que o setor agrícola "deve dispor de um nível de investimento suficiente e de recursos que permitam estabilizar a produção, e por consequência o mercado" de alimentos.
SEGURANÇA ALIMENTAR
Esta segunda-feira é marcada também pelo lançamento dos trabalhos do 37° Comitê sobre a Segurança Alimentar mundial (CSA), que busca adotar uma regulamentação sobre as aquisições massivas de terras.
Segundo as Organizações da Sociedade Civil (CSO), um grupo que reúne várias ONGs, dentre elas a Via Campesina, 74% do projeto de regulamentação do CSA já poderia ter sido adotado, como o reconhecimento e a proteção de sistemas tradicionais de direito de propriedade de terras.
Giulio Napolitano/France Presse |
O ator Jeremy Irons, nomeado embaixador da boa vontade, em palestra a membros da FAO durante jornada da alimentação |
De acordo com a diretora da Oxfam, Barbara Stocking, a regulamentação deve ser adotada "no início do próximo ano". "Ainda há muito para ser negociado", afirmou.
"Diz respeito a regras aplicáveis sobre uma base voluntária, mas o fato de ter sido desenvolvido no âmbito do CSA, que inclui todos os governos, significa que existe comprometimento para ser implementado", disse a diretora.
"Se nós não agirmos rápido, é evidente que o número de famintos irá aumentar", alertou.
Para a Via Campesina, o problema da grilagem é crucial. Além disso, "a volatilidade dos preços é uma consequência direta das políticas neoliberais, que considera a alimentação como uma mercadoria", denunciou Henry Saragih, coordenador internacional do grupo.
Em seu relatório anual sobre segurança alimentar publicado no dia 10 de outubro, a FAO advertiu que "os preços elevados e voláteis vão provavelmente continuar" no futuro.
Diante desta situação, a FAO propõe "uma estratégia de segurança alimentar baseada na combinação de um aumento da produtividade na agricultura e uma maior abertura nas trocas comerciais".
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