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Haddad deixa cargo pela porta dos fundos, critica leitor
LEITOR JOSE PEDRO NAISSER
DE CURITIBA (PR)
O ministro da Educação, Fernando Haddad, que deixa a pasta na próxima semana, perdeu uma grande oportunidade de sair pela porta da frente.
Sob as ordens do ex-presidente Lula, Haddad sai candidato a prefeito de São Paulo e deixa o ministério pela porta dos fundos, com um legado de mais de um milhão de jovens de 12 a 17 anos fora das salas de aulas e de cursos de qualificação profissional.
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Os jovens que acreditaram no Programa Primeiro Emprego, do ex-presidente Lula, acabaram virando traficantes de droga, porque o governo nunca conseguiu colocar em prática os empregos prometidos entre 2003 e 2011.
Para 2012, o ministro deixa como investimento em educação um valor pífio de R$ 2.096,00 ao ano para cada criança no ensino fundamental, aprovado pela presidente e pelo Congresso Nacional.
Já os investimentos e custos para as penitenciárias o valor é de R$ 2.350,00 mensal por preso e, em penitenciárias de segurança máxima, o valor sobe para R$ 3.180,00.
O ministro sai sem ter conseguido colocar o Brasil num ranking aceitável para um país que se diz a sexta economia do mundo, mas na 87ª posição do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
Um dos motivos dessa baixa classificação é que, segundo relatório da Unesco, o índice de repetência no ensino fundamental foi de 18,7%, de 1999 a 2007, o mais elevado da América Latina e muito acima da média mundial que foi de 2,8%.
Juca Varella - 30.set.2011/Folhapress | ||
O ministro da Educação, Fernando Haddad, que é pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PT |
Esse é o retrato da educação no Brasi de hoje. Os governantes contabilizam os baixos salários dos professores como despesas, enquanto na Coreia do Sul e no Chile eles são contabilizados como investimentos em educação e capacitação.
Nesses valores não foram contabilizados os desvios dos Ministérios do Trabalho e do Esporte, que seriam para as quadras de esporte e a capacitação em cursos dos milhões de alunos que estão fora do sistema. Recursos que foram para ONGs fantasmas de parentes e amigos dos ministros.
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