Leitores comentam textos sobre a renúncia do papa na Folha
Leitores comentam textos sobre a renúncia do papa Bento 16 publicados na Folha.
Siga o Painel do Leitor no Twitter
*
Em mais um pronunciamento desde que anunciou a sua renúncia ao papado, Bento 16 exortou a Igreja Católica a se modernizar.
Bem, o papa teve quase oito anos para pôr em prática o que agora prega. Ficam as perguntas: por que não o fez? De onde partiram as pressões contrárias a essa modernização?
JOSÉ PAULO SCHNEIDER (Rio de Janeiro, RJ)
*
A Folha estava indo muito bem nas análises sobre a renúncia de Bento 16, até que Barbara Gancia perpetrou o texto "Bento, o Arregão" ("Cotidiano"), no qual, além da palavra canhestra usada no título, se refere ao papa como "um sujeito".
O texto é de um "ganciacentrismo" comovente. Depois de autoproclamar-se "fiel a mim, da forma mais digna e transparente possível, caminhando no sentido contrário das farsas, da impostura e das trevas que me foram impostas pela herança de uma educação católica", Gancia explica que seu texto seria contra "esses malucos de batina [que] queiram me afastar de Cristo sentenciando que minha homossexualidade não se encaixa no conceito que eles fazem de amor".
JOSÉ RUBIM CEZAR (São Carlos, SP)
*
No artigo "Bento, o Arregão", Barbara Gancia pôs o dedo na ferida da hipocrisia vaticana. Poucos tiveram esse desassombro.
De forma desabusada, mas consistente, fez tremer nas catacumbas da cidade eterna os ossos de muitos profetas. O barco petrino enfrenta um dilema no epicentro de um furacão: ou "aggiorna" ou soçobra. O seu destino está nas mãos de 118 cardeais.
JOSÉ PORTO (São Paulo, SP)
*
Osservatore Romano - 28.mar.2012/Efe | ||
O Papa Bento 16 (à dir.) durante encontro com o ex-presidente cubano, Fidel Castro, em Havana, Cuba, em 2012 |
Disse o jornalista Clóvis Rossi que o papa citou o Evangelho de Mateus para, ao que parece, expor suas razões para a renúncia ("Bento 16 aponta hipocrisia e divisão na igreja", "Mundo").
É interessante esclarecer que, na verdade, tal Evangelho é previsto pela liturgia da Igreja Católica para o tempo da Quaresma. Não há, portanto, nenhuma escolha do papa para expor as razões da renúncia, já explicadas no dia 11.
MÁRIO PRISCO PARAÍSO (Florianópolis, SC)
*
Como leitor da Folha há 40 anos, procurei inspiração em suas páginas para a solução ideal para o conclave que elegerá o novo papa. E cheguei à configuração ideal para o novo pontificado que irá reformar a Igreja Católica e conduzi-la ao caminho do céu.
Como pontífice, poderíamos ter Juca Kfouri, um papa esportista e de consenso, que escolheria Barbara Gancia como secretária de Estado. Para a função de prefeito da Congregação da Doutrina da Fé um só nome se impõe: Leonardo Boff! Poderíamos ainda nomear Eliane Cantanhêde como porta-voz do Vaticano e Clóvis Rossi como visitador apostólico. A pergunta que me preocupa é se haverá algum desses nas missas de domingo.
JOÃO LUIZ DA COSTA VIDIGAL (São Paulo, SP)
*
PARTICIPAÇÃO
Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor.online@grupofolha.com.br
Livraria da Folha
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade