Leitores repercutem mortes em Petrópolis e hospedagem de Dilma em Roma
Leitores repercutem mortes causadas pelas chuvas no Rio e viagem da presidente Dilma Rousseff a Roma, na Itália.
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Quantas pessoas precisarão morrer para que os governos federal e do Estado do Rio de Janeiro levem a sério o valor de uma vida? Sabe-se que nada de concreto foi feito no socorro às vítimas das enchentes.
A cada ano, uma cidade é escolhida para ser arrasada pelas águas. Agora, foi Petrópolis. Anotem aí, vai passar a temporada das chuvas, famílias enterrarão seus mortos e, logo mais, os políticos caras de pau colocarão suas fuças na TV pedindo votos. Se aprendermos a votar, talvez um dia essa história mude.
IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)
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Ano após ano, tudo se repete: desabrigados e mortos na serra fluminense, e o governo não faz absolutamente nada em relação aos culpados. E quem são eles? Ora, desde Cabral sabemos que os culpados são os próprios moradores, pois qualquer cidadão brasileiro que tenha uma renda mensal superior a R$ 70 está acima da linha da pobreza e, portanto, deveria morar em um local menos arriscado. Afinal, são R$ 70 no mínimo de renda mensal, mesmo que por decreto.
ROBERTO MAURO BATISTA GOMES (São Paulo, SP)
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Mais uma calamidade pública assola o Estado do Rio de Janeiro, numa ação previsível da natureza. Num passado recente, centenas de vítimas tiveram suas vidas ceifadas por residirem em áreas de risco, mas nada foi feito.
Enquanto isso, as pesquisas de opinião colocam o governo nas alturas, o que é um paradoxo difícil de entender.
JÚLIO JOSÉ DE MELO (Sete Lagoas, MG)
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Na sua edição de 19 de março, a Folha publicou a reportagem "Chuva mata 16; Dilma diz que prevenção não falhou" ("Primeira Página" e "Cotidiano"), na qual informou que, em agosto do ano passado, o governo federal liberou R$ 545 milhões para a construção de casas e obras de prevenção em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, mas, até agora, nenhuma das casas prometidas para os desabrigados pelo governo do Estado ficou pronta. A sociedade brasileira então pergunta o seguinte: onde está esse dinheiro? Quem o recebeu?
Segundo a Folha, a presidente Dilma defendeu "medidas um pouco mais drásticas" para remover moradores de áreas de risco. A sociedade pergunta o seguinte: para onde irão?
LUIZ SAVÉRIO PLASTINO (Ribeirão Preto, SP)
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Enquanto a presidente da República faz turismo no Vaticano, hospedada numa suíte de hotel de R$ 7.700 ("Mundo"), há centenas de desabrigados em Petrópolis devido às chuvas. Em curso desde a enchente de 2011, as obras para a prevenção de tal catástrofe nem sequer chegaram à metade. Os moradores de áreas de risco não têm escolha. Se o governo não efetivar as tais "medidas drásticas", eles estarão sempre sujeitos aos desastres.
Já a presidente pode descartar a estada na embaixada brasileira em Roma por mero capricho. E se os desabrigados rejeitarem os alojamentos improvisados, o governo pagará a eles suítes presidenciais também?
FERNANDA MEDEIROS (Curitiba, PR)
Roberto Stuckert Filho/Divulgação/PR | ||
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