"Enfrentamento do crime não se resume ao encarceramento", diz governo de SP
A Folha noticiou que a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária teria afirmado que a lotação dos novos presídios [em SP] se deve principalmente ao fato de o governo ter desativado cadeias públicas e retirado presos de delegacias.
O que afirmamos, porém, foi que o aumento da população carcerária se dá por inúmeros fatores, entre eles o fato de que, a fim de combater a criminalidade, "as polícias Militar e Civil prendem, por mês, milhares de infratores penais".
Nos primeiros quatro meses de 2013, em média 10 mil presos entraram no sistema prisional. O fim das cadeias e delegacias, medida necessária para dar mais segurança à população, é um fator adicional, não o principal.
Por fim, cabe lembrar que a reportagem deixou de mencionar que o Estado de São Paulo, paralelamente à construção de novos presídios (serão 49 ao todo), tem um modelo de penas e medidas alternativas único no país.
Mais de 100 mil pessoas já foram cadastradas no programa, prestando serviços à sociedade, resgatando sua dívida social e cumprindo a sua pena, ou seja, o enfrentamento do crime e a punição dos culpados não se resume a uma política de encarceramento.
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