'É preciso trégua, para afugentar vândalos', diz leitora
Carros incendiados, patrimônio público depredado. É hora de nos organizarmos em grupos fortes, com pautas significativas, para negociarmos.
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É preciso trégua, até que consigamos afugentar os vândalos.
ARALYS BORGES DE FREITAS (São Paulo, SP)
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Não vejo nada de civismo num bando de mascarados que, em espírito de arruaça, promovem sucessivos atos de vandalismo e depredação de bens públicos e privados pelo país afora!
Será que a "indignação" é contra o sistema ou é uma maré genuinamente política de cidadãos cansados? Fico em dúvida quando se comenta que o "gigante acordou". O país acordou para quem e para quê?
CÉLIO BORBA (Curitiba, PR)
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O Movimento Passe Livre teve um importante papel como estopim de uma revolta muito maior do que a insatisfação por um simples aumento na tarifa dos transportes coletivos. Mas os protestos não mais lhe pertencem. Agora são de anônimos, de grupos sem nome ou pouco conhecidos, do sofrido cidadão brasileiro. O passe livre já era. O povo agora quer o Brasil livre!
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)
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Sou a favor das manifestações Brasil afora. Estamos todos indignados. Mas acho que precisamos fazer uma reivindicação por vez. E, na minha opinião, a primeira deveria ser educação básica para todos. Que parte expressiva do Orçamento anual da União (10%) seja para a construção e a manutenção de escolas em todo o país e para o pagamento dos professores. Só assim mudaremos o Brasil.
MARIA REBELLO DE REZENDE (Rio de Janeiro, RJ)
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O prefeito Fernando Haddad perdeu uma grande ocasião para se projetar como um verdadeiro gestor público. Em vez de declarar que a redução da tarifa dos transportes públicos forçará o governo a diminuir seus gastos e a eliminar a corrupção e os desvios de verbas públicas, ele fez a infeliz declaração de que a redução levará a cortes nos gastos dos investimentos. Isso demonstra sua pequenez diante dos elevados anseios da nação e prova que ele não está à altura de representar o povo de São Paulo.
JOSÉ CARLOS COSTA (São Paulo, SP)
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Quer dizer que, nos protestos, o cidadão pode fazer um cartaz contra o PT, o PSDB, o PMDB ou o PSOL, mas, se quiser ir com a bandeira de seu partido, não pode, pois o movimento é apartidário? Estou tentando entender essa forma de democracia.
NELSON EVÊNCIO DA SILVA, presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo (São Paulo, SP)
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Sobre o artigo "Depredação livre" ("Opinião", ontem), é preciso lembrar que o "vandalismo branco" que o Estado faz todos os dias, ano após ano, quebra a nossa saúde, estilhaça a nossa educação, derruba a nossa esperança, monta barricadas no nosso futuro, cobra pedágio da nossa cultura, bloqueia o nosso lazer e saqueia o nosso salário.
SERGIO TAKEO MIYABARA (São Carlos, SP)
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O colunista Rogério Gentile ("Depredação livre", "Opinião", ontem) manifesta sua preocupação com o movimento social que toma as ruas das cidades brasileiras. Mas, em que pese restar alguma razão em sua argumentação sobre a omissão das autoridades, o jornalista ofende os manifestantes quando ironiza que eles sonham com uma revolução. Ora, o tema deveria ser tratado com mais seriedade e menos ironia, afinal são milhares de pessoas sonhando com alguma mudança no Brasil. Basta de ironia.
ANTONIO NEIVA DE MACEDO FILHO (São José dos Pinhais, PR)
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Se o aumento foi a gota d'água para a eclosão dos protestos, o gesto político de revisão da tarifa não deve frear a indignação crescente, congelando as manifestações, sob pena de que a caixa-d'água fique sempre no limiar do transbordo. As questões de fundo devem ser resolvidas.
MARINO HÉLIO NARDI (Assis, SP)
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Afirmei, na internet, que não se pode imputar a todos os manifestantes a beligerância de alguns e que apoio a movimentação, mas não aprovo, a pretexto algum, o apedrejamento de estações, o incêndio de ônibus etc. Fiz a defesa dos protestos e condenei os desvios testemunhados por uma manifestante: minha filha.
A Folha ("Cotidiano 1", 13/6) pinçou uma frase e inverteu seu sentido, dando a entender que eu atribuí a todas as pessoas o intuito de "apenas causar". Não sei se foi má-fé ou desleixo; sei que foi injusto e irresponsável.
SONINHA FRANCINE, ex-vereadora em São Paulo (São Paulo, SP)
NOTA DA REDAÇÃO - Leia a seção Erramos
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