Leitor nega que classe médica seja corporativista em crítica a cubanos
É lamentável ler no Painel do Leitor (ontem) diversas mensagens contra a classe médica, tachando-nos de corporativistas pelo posicionamento contrário à vinda dos médicos cubanos. Nós não somos contra a vinda dos cubanos ou de qualquer médico vindo de qualquer país, nós somos contra o fato de que eles sejam trazidos burlando a norma legal vigente, o exame Revalida.
Sabemos que essa política do governo Dilma é eleitoreira. Há também a questão da remuneração do programa Mais Médicos, sem direitos trabalhistas e travestida de legalidade.
HÉLIO ARAÚJO CARDOSO, médico (São Carlos, SP)
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Em relação à vinda de médicos estrangeiros, que sejam bem-vindos, mas gostaria de saber o seguinte: por que só agora o governo federal se predispõe a pagar médicos para trabalhar em regiões carentes se, antes, isso ficava a cargo das prefeituras? Fala-se em R$ 10 mil de salário, mas por que se paga bem menos do que esse valor aos médicos do SUS? Quanto realmente o Brasil vai pagar ao governo cubano?
JOSÉ E. RUBIN (São Caetano do Sul, SP)
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A classe médica brasileira e os profissionais de saúde estão sendo conclamados a rever métodos e conceitos, do simples atestado médico às suas funções sociais e empresariais, qualidade de formação e plano de carreira. É uma dura conciliação de interesses, mas que gera um necessário debate. Também é simplista e parcial reduzir o complexo tema da saúde a mais ou menos médicos, esquecendo-se das questões gerenciais, da corrupção e dos controles, das questões correlacionadas com educação, saneamento, habitação e qualidade de vida.
ANTONIO CARLOS AQUINO DE OLIVEIRA (Salvador, BA)
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Deixe-me ver se entendi direito: se um empresário remeter R$ 10 mil para o exterior para contratar um serviço que lhe custará cerca de R$ 3.000, ele estará cometendo crime de evasão de divisas, certo? Então, por que o governo federal pode fazer essa mesma operação em relação aos médicos cubanos?
LUIZ MENDONÇA (São Paulo, SP)
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Gostaria que alguém me apontasse um brasileiro, apenas um, que necessite de médicos do SUS e que é contrário à vinda dos médicos estrangeiros.
ALBERTO VILLAS (São Paulo, SP)
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