Laerte comenta críticas ao seu trabalho
As queixas – "não entendo", "não vejo graça" – confirmam minha interpretação de que há uma leitura "pré-moldada" da página de tiras, uma expectativa de um discurso cômico, simples e produtivo. Nem sempre a imprensa contemplou essa expectativa - houve tiras que eram de aventura, tiras que tinham discursos poéticos, tiras que faziam pequenas crônicas do cotidiano. A página de quadrinhos da Folha –onde eu e o Angeli publicamos– vêm proporcionando uma grande variedade de experiências estéticas. Como em poemas, filmes ou músicas, não há um modo só de lê-las ou "entendê-las". Especificamente sobre a tira a que se referiu Janio de Freitas, cruzei dois discursos - um desenho alegórico colado sobre uma narrativa de diálogo –como algo entreouvido, em segundo plano.
Não há significado em código, ali –nada que exija um conhecimento especial. Só uma mente aberta.
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