Brasil acreditou que improviso e jeitinho funcionariam, opina leitor
O maior problema não foi a derrota, mas a forma como ela ocorreu: 7 a 1 em casa dói! Deve-se lembrar que a Alemanha mantém sua base há seis anos. O Brasil trocou Mano Menezes por Felipão em 2012, quando o time já ia de mal a pior. Acreditou que o famoso improviso e o jeitinho funcionariam. A vitória foi da competência, da disciplina e da continuidade do trabalho contra o improviso. Que sirva de lição!
MOISES MORICOCHI MORATO, servidor público (Guarulhos, SP)
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Fiquei imaginando o que aconteceria se, no começo de sua carreira, Neymar tivesse uma lesão como a do jogo contra a Colômbia. E se jogasse na várzea e necessitasse da saúde pública? Talvez tivesse que esperar dias e até semanas em uma maca fria de hospital até ser atendido por um especialista. Se houvesse indicação de cirurgia, seriam meses. Para ele, seria tudo diferente; mas isso é comum para os outros.
RÉGIS ERIC MAIA BARROS, psiquiatra, doutor em saúde mental pela USP (São Paulo, SP)
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A crescente prática de agressões em disputas desportivas, seguidas por penalidades não exemplares e pouco educativas, indica que tal cultura está se alargando no futebol. Há tolerância com a violência praticada durante os jogos. Pena. A atuação dos jogadores na Copa deveria ser exemplo para os demais atletas.
IVANA CÓ GALDINO, advogada do escritório Crivelli Có Advogados (São Paulo, SP)
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Os belos textos de Eliane Brum buscaram um ângulo diferente, insólito ou singular para destacar alguns aspectos memoráveis dessa Copa. "O Brasil do eu acredito" ("Copa 2014", 11/7) constitui um marco decisivo na interpretação sociológica e psíquica do Brasil contemporâneo.
HELOISA FERNANDES, socióloga (São Paulo, SP)
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Brilhante o texto "Jogo dos sete erros" ("Opinião", 11/7), apontando as principais causas da humilhante derrota do Brasil. Ruy Castro, com precisão cirúrgica, mostra que Felipão construiu uma cartilha sobre como perder uma Copa do Mundo em casa.
LUIS CLÁUDIO A. PEREIRA (Campo Grande, MS)
Se Dilma não aproveitar a iniciativa do "Bom Senso Futebol Clube", e não mudar tudo –intervir na CBF, acabar o jogo da Timemania, rever a Lei Pelé–, ou muda agora ou se cala para sempre. Devemos agradecer à Alemanha por não ter feito mais gols. Chegou a hora de termos um técnico estrangeir, com nova ideias e sem ter que levar amigos e apadrinhados para a comissão técnica.
VINCIUS DRUMOND FILHO (Belo Horizonte, MG)
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A palavra meritocracia serve para descrever a jornada do alemão Klose, em busca da artilharia recorde em Mundiais. Seu talento pode não estar à altura do de Ronaldo, mas ele teve o mérito de se manter em forma e não ter desistido do seu objetivo, não se entregando à vida de celebridade, cheia de bajulações e badalações.
DALVA MARIA BERNARDI (Santa Adélia, SP)
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Se não deu certo faturar politicamente com a copa, o governo deveria esquecer o futebol. Já não são suficientes os problemas enfrentados pela nação e ainda quer arranjar mais um? Deixem o futebol para a iniciativa privada e para os clubes. Não gostaríamos de ver dinheiro público financiando algo que não é prioritário. Estão na fila principalmente saúde e educação; esqueçam o circo.
CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)
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Pelo menos uma coisa boa a derrota para os alemães trouxe para os brasileiros: os fantasmas do "Maracanazo" e da celeste olímpica foram exorcizados para sempre!
OCTÁVIO DE ALMEIDA, engenheiro (São Paulo, SP)
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