Professores discordam sobre coluna de Ferreira Gullar
Adoro a acidez direta de Ferreira Gullar e concordo plenamente que presidenta é "palavra feia, que até parece um insulto". Mas ele peca por omissão, já que a ABL (Academia Brasileira de Letras) aceita as duas versões: presidente e presidenta. A expressão "horrorosa" também aparece em dicionários.
MARIA INÊS DE ARAÚJO PRADO professora e escritora (São João da Boa Vista, SP)
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Ferreira Gullar nos brindou com um imperdível artigo, que traz à baila um cruciante fato: a obsessão de Dilma, que teve as audácia de assinar uma lei que obriga seus asseclas a chamá-la de "presidenta". Para o meu consolo, a Folha e o articulista estão no rol daqueles que consideram esta nefasta lei como uma daquelas que não pegaram.
JOÃO PAULO DE OLIVEIRA, professor e coordenador pedagógico aposentado (Diadema, SP)
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Prezado Gullar: dá pra sentir seu sofrimento tentando escrever uma crônica, ainda mais quando tenta imprimir humor. A lei 12.605/12, como sabe, é para substantivos que têm os dois gêneros, para impedir que chamemos a Suzana Herculano de médico, a Marta de psicólogo, a Neca de pedagogo e a Dilma de presidente, como está escrito nos diplomas, não para substantivos epicenos, sobrecomuns ou comuns de dois, que não têm flexão. Pretendo começar um abaixo-assinado para pedir à Folha a gentileza de deixar você escrever apenas poemas: seria mais prazeroso pra nós e menos torturante pra você.
MANUEL VÁZQUEZ GIL, psicanalista (São Vicente, SP)
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Ferreira Gullar esquece de listar que a obrigatoriedade de flexão de gênero de presidente para presidenta transforma governante em governanta.
FLOVIC POLACHINI (Peruíbe, SP)
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