Médicos escrevem sobre "provão" do Conselho Regional de Medicina
A pátria educadora adora números, mas é pouco afeita à qualidade. A cada dia se multiplicam dados e provas do declínio da formação médica no Brasil. Vemos que se inicia um fenômeno de êxodo de médicos de alto gabarito, deixando o país por melhores condições de vida e trabalho na Austrália, no Canadá e nos EUA. Mais do que dinheiro, buscam reconhecimento, segurança e retaguarda para exercer sua profissão da melhor forma.
PAULO SARACENI NETO, otorrinolaringologista (São Paulo, SP)
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O Conselho Regional de Medicina de São Paulo divulga o resultado de mais uma tragédia brasileira por vir, previsível e evitável, que mostra o descaso oficial. Cinquenta e cinco por cento dos formandos de cursos de medicina de São Paulo não conseguiram acertar pelo menos 60% das perguntas do seu "provão". E o governo, demagógica e cinicamente, pretende criar novas "escolas de medicina", como se fosse possível –em um passe de mágica ou por decreto– criar docentes capacitados para isso.
Luiz Nusbaum, médico (São Paulo, SP)
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