Foram Eduardo Cunha e sua trupe que brecaram o ajuste fiscal, afirma leitor
Ricardo Lacerda, fundador do banco de investimento BR Partners, admite que errou ao dar um voto de confiança a Dilma na eleição de 2014 (O ambiente de negócios no país vive um caos absoluto). Seria adequado ele rever seus conceitos, pois não foi o voto à presidente Dilma que brecou o ajuste fiscal. A presidente o enviou à Câmara, como foi proposto pelo ministro Levy. Quem não o aprovou foi Eduardo Cunha e sua trupe de mais de 200 deputados.
GILBERTO ALVARES GIUSEPONE (São Paulo, SP)
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Adriano Vizoni/Folhapress | ||
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha |
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Não concordo com o "intelectual" Luiz Gonzaga Belluzzo quando ele diz que o superavit primário não funciona (Intelectuais pró-PT criticam ajuste fiscal). Gostaria que Belluzzo demonstrasse como um sistema que gasta mais do que arrecada é sustentável ao longo do tempo. O ajuste fiscal é necessário, pois a estrutura administrativa do governo está inchada e não é eficiente. Não traz o resultado esperado pelo preço que pagamos, e a corrupção está espalhada por todo o sistema. É hora de o país pensar em ser eficiente com o dinheiro público.
EDSON KITAMURA (São Paulo, SP)
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Fabio Braga/Folhapress | ||
O economista Luiz Gonzaga Belluzzo |
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A saúde é um processo que envolve continuidade de propósitos e genuína atenção sobre cada um de seus meios. Quando deixamos que um ministro, cuja prática vem do SUS e que age para o SUS, seja substituído apenas como meio de sustentação política, é a finalidade da política que se perdeu (Presidente vai se reunir com Lula e Temer por reforma ministerial). Finalidade que é distribuir este bem simbólico, a saúde, para todos. Ministro não é síndico e ministério não é condomínio.
As coisas públicas não são bens que se trocam. São meios comuns para fins comuns. A fonte e origem de toda corrupção, até mesmo da corrupção dentro da lei, é a inversão entre meios e fins. As piores experiências e as práticas menos producentes nesta área são verificadas quando substituímos agentes interessados em saúde por gestores e políticos de ocasião.
Não é o que a saúde precisa, não é o que o Brasil precisa. Sobretudo neste momento, não tornemos esta pequena urgência local, e a miséria de suas circunstâncias, um motivo para suspender benefícios e sucessos laboriosamente compostos.
Não deixemos que, mais uma vez, nosso presente precário destitua nosso futuro possível, pago com grande custo no passado.
CHRISTIAN INGO LENZ DUNKER, psicanalista e professor da USP (São Paulo, SP)
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Janio de Freitas, em Um bom tumulto, vem demonstrar o seu apoio à criação de um novo partido, o PL, para que ocorra um necessário enfraquecimento do PMDB.
Mesmo que, a princípio, venha fortalecer o atual governo, poderia tornar mais precário o nefasto predomínio desse velho partido, que teve forte presença nos governos que seguiram após o encerramento da ditadura militar.
São os que, sem exceção, acabaram entregando a alma e tudo mais, não somente para se sentirem fortalecidos, como também abrigados das prováveis denúncias que possam ocorrer em decorrência das habituais e poucas recomendáveis práticas governistas.
Permanecem assim reféns dos interesses mesquinhos desse partido, que segue como senhor absoluto dos rumos da nação.
ANETE ARAUJO GUEDES (Belo Horizonte, MG)
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Janio de Freitas traça com a competência de sempre a formação de um novo partido e o que isso impactará no PMDB, que monopolizou a divisão de poder ao longo de sua existência, sem que isso tenho sido positivo para o país. Está aí Eduardo Cunha para comprovar.
MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)
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Por causa de pedaladas fiscais também usadas por partidos que a acusam em governos anteriores, Dilma está na berlinda do impeachment. O terceiro na sucessão presidencial, Eduardo Cunha, agora acusado por cinco delatores da Lava Jato, continua como estrela da oposição, contando com a simpatia da maior parte da mídia e dos 70% de brasileiros que hoje são contra o governo. Se for para derrubar a presidente tudo vale, pois lá no íntimo do brasileiro corrupção praticada por amigo não é crime!
EVALDO GÂNDARA BARCELLOS (Santa Rita do Passa Quatro, SP)
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Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O juiz federal Sergio Moro |
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Otimista, porém algo ingênuo o texto de Hélio Schwartsman, que parece querer "salvar" a apressada e anacrônica decisão do STF (As fatias e a pizza). Se fosse possível replicar imediatamente o padrão Sergio Moro de qualidade, sem paralelo até hoje no Brasil, com a mesma eficiência e eficácia da Lava Jato, então a oportunidade seria de baixo risco, desde que precedida de inteligente planejamento. De outra maneira, esse fatiamento soa escudo para proteger corruptos ainda não alcançados pela operação.
JOÃO CARLOS ARAÚJO FIGUEIRA (Rio de Janeiro, RJ)
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