Não há razão para deputados serem contra a PEC dos gastos, diz leitor
PEC DOS GASTOS PÚBLICOS
Especialistas financeiros vivem esclarecendo aos cidadãos como melhor administrar seus rendimentos. O passo inicial é gastar dentro da realidade, ou seja, dentro do teto. Assim fica difícil explicar por que essa regra não pode servir ao setor público. Trata-se de equacionamento financeiro importante, pois impõe um freio a quem considerar que não há limite para gastos. A catástrofe consequente não precisa ser anunciada: o Estado do Rio de Janeiro é um bom exemplo do resultado de tal prática. Não há razão para os deputados serem contra um ato de bom senso.
SERGIO HOLL LARA (Indaiatuba, SP)
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Temer sobre a PEC 241: "Estamos cortando na carne com essa proposta". Na carne de quem? Na dele? Ou na da imensa massa de trabalhadores que sustentam a farra de congressistas e banqueiros?
JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP)
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As manifestações do Ministério Público e do Judiciário, contrários ao teto de gastos, parecem mais uma desobediência civil. São pacíficas, mas inoportunas. É coerente que devam ter independência administrativa e funcional, mas jamais financeira. Isso porque a utilizaram em benefícios pessoais, como vantagens pecuniárias abusivas e incompatíveis com a realidade do país. Essas vantagens se alastraram como um câncer nas finanças públicas, considerando seu efeito cascata. É urgente a revisão de tais privilégios.
PAULO HENRIQUE COIMBRA DE OLIVEIRA (Rio de janeiro, RJ)
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O discurso do presidente do PT é de uma hipocrisia flagrante, pois tirar o país do vermelho é obviamente um conceito contábil, quando se escreviam em vermelho os números negativos dos balanços para chamar atenção. Apenas se observa uma autovitimização, que procura justificar a acachapante derrota nas urnas.
ULF HERMANN MONDL (Florianópolis, SC)
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FIES
Graças à coluna de sábado de Natuza Nery ficamos sabendo que Mercadante, o irrevogável arrogante, resolveu pôr a cabeça para fora da toca. Veio nos dizer que o "novo" governo (ou "golpista", como eles preferem) não tem competência para gerir o Fies. É bom escutá-lo, de gestão ele entende. A capacidade gerencial dele foi fundamental para o fim precoce do governo Dilma.
ALEXANDRE EFFORI DE MELLO (Rio de Janeiro, RJ)
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PRÉ-SAL
Preocupante a falta de informação na Folha sobre as mudanças no pré-sal, aprovadas na Câmara na semana passada. A entrega dos recursos não foi tema de editoriais, reportagens especiais ou discussões de destaque no jornal.
DANILO PERECIN (Piracicaba, SP)
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PREFEITURA DE SÃO PAULO
O senhor Eduardo Matarazzo Suplicy propõe no Painel do Leitor submeter a proposta de redução de velocidade nas marginais à realização de referendo popular. Esquece o petista que este referendo já foi feito há poucos dias, quando o prefeito eleito João Doria impôs uma vitória inconteste sobre o partido de Suplicy, que, ao que parece, está querendo, na verdade, um segundo turno das eleições.
MARIO SANTORO JUNIOR, médico (São Paulo, SP)
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Alguém já viu um time rebaixado ser recebido com gritos de 'é campeão, é campeão, é campeão"? Foi o que aconteceu com o prefeito Haddad, lançado ao governo do Estado pela companheirada. A menos, é claro, que se trate de manobra tucana para continuar no governo do Estado, com toda a facilidade, já no primeiro turno.
LUCIANO AMARAL JR (São Paulo, SP)
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UBER
O nobre jornalista podia ter saído da mesmice que todos escrevem. Por exemplo, podia ter estudado um pouco mais com os motoristas dos aplicativos, pois descobriria que 99,9% deles não são exclusivos do Uber, são motoristas de todos os aplicativos listados. Logo, na prática, a quantidade de carros não muda. Mas, talvez, um jornalismo mais arrojado e inteligente seja para outros mais interessados em informar.
REINALDO ROJO TRIVINHO (São Paulo, SP)
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O Executivo e o Judiciário teimam em não admitir o que o Legislativo já previa havia muito tempo. O Uber sempre buscou o monopólio, impondo a sua política, destruindo adversários através da prática do dumping e, quando tem seus interesses contrariados, recorre ao beneplácito do Judiciário, que, graças à sua cegueira e lentidão, confirma o peso do poder econômico sobre o direito do trabalhador, que, nessa crise, não tem opção nem direito de escolha.
ADILSON AMADEU, vereador pelo PTB (São Paulo, SP)
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PRISÃO EM 2ª INSTÂNCIA
Na coluna Painel, na nota "tiroteio", leio que o advogado Edward Carvalho declarou que vivemos tempos estranhos porque o STF ordena prisão em segunda instância e proíbe vaquejada. Estranho é em pleno século 21 ainda existir vaquejada e que, no Brasil, diferentemente do que ocorre em países desenvolvidos, condenados em segunda instância pudessem, através de intermináveis recursos, ficar tanto tempo em liberdade a ponto de penas acabarem prescrevendo para regozijo deles próprios e de seus advogados. Aliás, isso não era só estranho, era uma excrescência.
ADILSON FERNANDES MACHADO (Guaratinguetá, SP)
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ILUSTRÍSSIMA
Felicito o exercício democrático praticado pelo jornal, em especial no caderno "Ilustríssima". Excelentes textos de Renato S. Lima, Luiz G. Belluzzo, Pedro Bastos, Otavio Frias Filho e Eliane R. Moraes. Boas reflexões!
FELIPE LUIZ GOMES E SILVA (São Carlos, SP)
Livraria da Folha
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