Michel Temer tenta mostrar segurança no cargo, diz leitor
MICHEL TEMER
Com seu último pronunciamento e algumas aparições públicas controladas, Michel Temer tenta mostrar segurança no cargo ao mesmo tempo em que procura agradar a população com medidas populistas. É o caso da liberação de saques do FGTS, fora dos padrões. Além disso, debocha de sua impopularidade, diz que não pensa em renunciar, não demitirá ministros delatados na Lava Jato e irá apelar ao STF se sua chapa com Dilma for cassada. Um rosário de algo próximo ao cinismo que convence a poucos e corre o risco de ameaçar a governabilidade, ainda mais por fazer a população se sentir com cara de trouxa ("Temer diz não pensar em renúncia ao cargo", "Poder", 23/12).
ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)
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O presidente Temer anunciou um pacote de estímulo à economia com cinco medidas na área trabalhista, e a possibilidade de trabalhadores sacarem o FGTS de contas que estavam inativas. Para completar esses incentivos que tal acabar com o "imposto sindical compulsório"? A contribuição sindical obrigatória fere a declaração da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que o Brasil está obrigado a respeitar. Com mais de 15 mil sindicatos estamos diante de uma verdadeira caixa-preta, onde não há qualquer prestação de contas ou transparência. Até quando?
EDGARD GOBBI (Campinas, SP)
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LAVA JATO
Mais ou menos assim: a empreiteira montou estratégia para manter o bravateiro influente depois de deixar o governo e mais pra frente voltar ao poder e continuar a corrupção, lavagem de dinheiro e roubalheira ("Odebrechet revela estratégia para manter Lula influente", "Poder", 23/12).
DEOCLECIANO O. MOREIRA (Belo Horizonte, MG)
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Faz parte do DNA da política e das grandes empreiteiras os mecanismos corruptivos. Difícil mesmo é acreditar que isso acabará. Os políticos apenas deram uma forma definitiva a esse DNA, transformando-o num câncer.
FERNANDO NAKAZAWA (Campinas, SP)
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"Lava Lula" seria um bom nome para essa torpe quadra de nossa história, na qual se tenta dar cabo à imagem e reputação de uma reconhecida liderança política de uma forma nunca antes vista nesse país.
CAETANO ESTELLITA PESSOA (São Paulo, SP)
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PRONUNCIAMENTO
Tendo em vista que a economia continua em depressão e o PIB vai cair mais 3% em 2017, com desemprego chegando a 14% e por respeito ao povo brasileiro, diga ao povo que sai, para garantir as eleições democráticas que merecemos. Esta é a única mensagem de otimismo verdadeira que poderia ser dada, por um presidente com honra e responsabilidade ("Temer fará pronunciamento em busca de transmitir mensagem de otimismo", http://folha.com/no1844010).
EDUARDO GIULIANI (São Paulo, SP)
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COLUNISTAS
Não entendi a sugestão de Reinaldo Azevedo, em "O pai de todas as corrupções" ("Poder", 23/12). O remédio contra a "privatização" do Estado seria a privatização geral e irrestrita da economia? Fica a impressão de que o mercado, sem as "tentações" oferecidas pelo Estado, é um exemplo de justiça e solidariedade. Gostaria de perguntar ao colunista como ele sabe que, nas relações entre o Estado e o empresário, o primeiro é sempre o corruptor e o segundo sempre o corrompido. Reinaldo deveria ser nomeado Advogado Geral do Neoliberalismo.
LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)
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A coluna de Bernardo Mello Franco ("Impopular, sem se incomodar", "Opinião", 23/12) reflete o pensamento de quem está acostumado com governantes populistas e não com estadistas. Temer não almeja ganhar as próximas eleições. Seu objetivo é tirar o Brasil do fundo do poço, onde Dilma e o PT o colocaram exatamente visando vitórias eleitorais. Claro que ele se incomoda com a baixa popularidade, mas espera-se dele coragem para fazer o certo, não para agradar a todos.
RADOICO CÂMARA GUIMARÃES (São Paulo, SP)
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VELOCIDADE NA MARGINAL
A respeito do editorial desta Folha, a próxima gestão da Prefeitura de São Paulo esclarece que o programa Marginal Segura tem como objetivo devolver a essas pistas sua vocação de vias expressas. Isso será feito com o aprimoramento da segurança dos seus usuários, por meio de uma série de medidas, como o reforço da sinalização para orientar motoristas e fiscalização intensa para evitar a presença de ambulantes e pessoas em situação de risco no local. Trata-se, portanto, de um avanço para o trânsito de São Paulo. Esclarecemos ainda que não haverá alteração de velocidades em outras vias ("Remendo disparatado", "Opinião", 23/12).
FÁBIO SANTOS, futuro secretário especial de Comunicação da gestão João Doria (São Paulo)
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