Estado é incompetente e quer jogar a culpa na advocacia, afirma leitor
Alan Marques/Folhapress | ||
Alexandre de Moraes dá entrevista no Ministério da Justiça |
ADVOGADOS E FACÇÕES
Rasguem a Constituição Federal e a lei nº 8.906/94 e acabem de vez com o direito a ampla defesa. Francamente, o Estado é incompetente e quer jogar a culpa na advocacia. Explique-me, ministro Alexandre de Moraes (Justiça), como entram drogas, celulares e armas dentro de presídios?
VALDEMIRO SILVA (São Paulo, SP)
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Todas as conversas deveriam ser gravadas. Com advogados, religiosos, familiares etc. Aliás, não poderia nem haver contato físico. Preso de um lado e visita do outro, separados por uma parede com vidro.
PAULO ANTONIO DE FIGUEIREDO (Itaúna, MG)
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Enquanto o colunista Leandro Narloch nos oferece uma excelente reflexão sobre a natureza das facções em presídios, nosso ministro da Justiça denuncia seus críticos como "pseudoespecialistas". Ele ecoa o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que acusa seus críticos –Buzzfeed e CNN, por exemplo– de produzirem notícias falsas e nega a esses veículos voz em coletiva. Se é para emular estrangeiros, nosso governo poderia procurar exemplos melhores.
JÚLIO PEREIRA, médico (São Paulo, SP)
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Foi necessária a morte de centenas de presos no país para que o tema das prisões entrasse em análise e discussão, o que demonstra em que nível civilizatório nos encontramos. No Brasil, todos aqueles que são considerados à margem da sociedade são invisíveis, o que dificulta a inclusão e a recuperação deles. Lamentável.
ERIVAN AUGUSTO SANTANA (Teixeira de Freitas, BA)
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RIO DE JANEIRO
Preocupantes, mas não surpreendentes, as declarações do coronel Paulo Amêndola, secretário de Ordem Pública do Rio de Janeiro, sobre a repressão nas praias da zona sul da cidade. Esse filme já foi visto e reprovado pelos cidadãos de bom senso, que são contrários a ações movidas pelo preconceito e à criminalização dos desfavorecidos socialmente. As medidas anunciadas demandam o total repúdio de toda a cidadania.
ANTONIO FRANCISCO DA SILVA, professor (Rio de Janeiro, RJ)
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O agricultor e o empresário brasileiros, por mais responsáveis que sejam, sofrem com a imensa burocracia do Banco do Brasil para conseguir qualquer linha de crédito. Já o Estado do Rio de Janeiro, administrado por delinquentes fiscais, receberá recursos do banco sem passar por muitas dificuldades. Essa é mais uma prova de que, no Brasil, o valorizado é o irresponsável, o ardiloso, aquele que esperneia e o que gasta mais do que ganha.
FREDERICO D'AVILA, produtor rural (Buri, SP)
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COLUNISTAS
De fato o legado global de Barack Obama é insignificante, como escreveu o colunista Roberto Dias, para não dizer negativo. Fazia algumas décadas que não vivíamos uma instabilidade econômica e política mundial tão grande quanto agora. Nesses oito anos, os Estados Unidos foram negligentes como pacificadores mundiais, ao contrário de como eram vistos anteriormente. Nunca a Rússia foi tão forte. Pode-se até dizer que, se existe um presidente que ajudou Vladimir Putin, foi Obama. Nunca a China ficou tão à vontade para avançar em seus domínios econômicos.
RODRIGO ENS (Curitiba, PR)
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A comparação que Mauricio Stycer faz não tem o menor sentido. De um lado, a postura da sempre ótima atriz Meryl Streep se colocando, entre outras coisas, contra a xenofobia e a discriminação contra deficientes, usadas toscamente por Donald Trump. De outro, o protesto de um diretor contra um pretenso golpe de Estado no Brasil, que objetivava transformar o seu filme, a despeito da sua qualidade como obra, em parte de um fato político.
DOUGLAS DE PAULA E SILVA (São Bernardo do Campo, SP)
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Estou com a professora Laura Carvalho e seu raciocínio jovem, atual e inteligente. Já vimos que "apagar incêndios" só desviam gastos e a atenção de um rumo certo. Temos que nos conformar em fazer e seguir um plano nacional sério e bem elaborado, que nos assegure um crescimento mesmo que seja lento, mas firme e na direção certa. Não podemos perder mais uma vez o bonde da história, porque desta vez perderemos também o bonde da grande virada de transformação tecnológica, que já está passando.
Roberto Caetano do Amaral (Curitiba, PR)
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TARIFAS DO TRANSPORTE
A condescendência da Folha com os tucanos em São Paulo ficou explícita com o editorial "Bilhete demagógico". É de lamentar que seja tachada de oportunismo a ação impetrada pelo PT (poderia ser qualquer outra agremiação) ou de excesso do Judiciário, quando este bem fundamentou sua decisão ao indicar o tamanho do prejuízo aos mais pobres. A manobra em tucanês foi tachada como simples populismo, mas em outras épocas seria duramente atacada, se fosse de outro partido.
ALLAN AUGUSTO MIRA (São Paulo, SP)
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