Lava Jato foi atropelada pela decisão do STF, diz leitor
STF E SENADO
Se a Lava Jato já vinha sendo bombardeada pela classe política e por parte do Judiciário, agora ela foi atropelada por um míssil de longo alcance. Entra em cena o corporativismo, pois a maioria tem culpa no cartório. Em razão de suas decisões controversas, o STF não é mais tão supremo. A Constituição de 1988 visava a proteger os legisladores de perseguição política e, em seu espírito, não continha acobertamento de crimes comuns. Foi esse espírito que o STF não considerou. Se não cabe ao STF a última palavra, cabe a quem?
LUIZ J. DE SOUZA (São Paulo, SP)
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No Senado, presumindo que a absolvição de Aécio Neves será o precedente que aliviará muitos deles em via de punição, o corporativismo falará mais alto e os senadores o inocentarão para, num futuro próximo, se safarem.
HUMBERTO S. SOARES (Vila Velha, ES)
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Compartilho da prudência do Supremo em obedecer eticamente à Constituição e deixar o julgamento político aos pares políticos. Com um sopro de esperança e um frágil sentimento de decência, creio que o Senado tenderá a condenar Aécio Neves, em vista das evidências incontestes de corrupção. Caso contrário, será, como diz o editorial da Folha, "a vitória do cinismo corporativo e da desfaçatez". Seria a demonstração explícita de que hombridade, decência, justiça e honestidade são valores inexistentes na política.
ÂNGELA S. BONACCI (Pindamonhangaba, SP)
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A única força capaz de realmente mudar alguma coisa neste país ainda é a pressão popular. Se formos às ruas durante a votação no Senado, duvido que Aécio Neves não perca seu mandato.
JOÃO MONTANHA (Recife, PE)
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Irretocável o voto do ministro Luís Roberto Barroso, o brasileiro mais importante da atualidade.
IVO PATARRA (São Paulo, SP)
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Convivência social e democracia exigem organização e respeito às leis. Por medo, o STF abdicou do papel histórico de guardião constitucional, repassando-o ao Congresso, no qual não se pode confiar. Justificando seu posicionamento com o respeito à igualdade entre os Poderes, o que o STF fez, na verdade, foi conferir ao Congresso a prerrogativa de manter a podridão que assola nosso país.
SÉRGIO R. JUNQUEIRA FRANCO (Bebedouro, SP)
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CESARE BATTISTI
Battisti é um assassino que deve cumprir pena em seu país. Articulado, simulou uma ação para ser preso e tentar ficar aqui. A Justiça deve enviá-lo de volta. Viver no bem-bom fazendo-se passar por preso político é um forte desrespeito às suas vítimas e às suas famílias. Estamos fartos de tantos canalhas em solo brasileiro! Não precisamos de mais um.
ALBERTO MAURÍCIO DANON (São Paulo, SP)
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BOLSONARO
Nos Estados Unidos, Bolsonaro se jacta de ser inexperiente, porém honesto, como se a honestidade fosse a maior das virtudes, e não uma obrigação de todos os políticos. A que ponto chegamos!
GÉSNER BATISTA (Rio Claro, SP)
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Quando abre a boca para falar, Bolsonaro o faz desrespeitando nossas individualidades. Ofendeu quilombolas, incitou o estupro e homenageou torturador, além de outras declarações impublicáveis. A sua ida aos EUA, ao menos, tornou clara outra condição: a sua subserviência. Numa tarde, desculpou-se com os americanos (por que mesmo?) e disse saber não ter preparo para o mandato presidencial. O século 19 continua insistindo em querer sentar-se, confortavelmente, à janela.
KAYO CÉSAR DA SILVA (Belém, PA)
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MILITARES
É inacreditável ler no Painel declaração do general Sergio Etchegoyen se furtando a participar de um debate sobre direitos humanos e combate à corrupção do IAB, alegando suposta censura prévia e preconceito contra os militares. Será que ele não se lembra do que os militares faziam no passado que ele, aparentemente, defende?
NICOLA GRANATO (Santos, SP)
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COLUNISTAS
Mais uma vez Vladimir Safatle tratou com propriedade um assunto que se torna cada vez mais espinhoso no país. Não consigo enxergar o ganho social de uma liberdade individual que sirva de instrumento de discriminação e opressão.
VALÉRIA FELIX MENDES (São Luís, MA)
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Sobre a coluna de Vladimir Safatle, se admitimos o preconceito como algo patológico, na esfera individual, seriam leis capazes de acabar com ele? A lei pode tratar da esfera pública, fazendo com que essa patologia não permita a discriminação nos espaços de educação, saúde e segurança, que são de interesse social, ainda que eventualmente gerenciados por entidades privadas. Não existe liberdade absoluta do indivíduo. Mesmo Robson Crusoé dependeu da sociedade em que nasceu para viver "livre" e só.
RICARDO BORGES (Porto Alegre, RS)
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Ao ler, revoltado, a coluna de Delfim Netto, na qual o autor vociferou contra o Judiciário, o direito e as supostas "distorções" no âmbito político, pude imaginar o orgulho com o qual ele lançou sua assinatura no famigerado AI-5. Afinal, tal ato eliminou muitas das "distorções" que tanto o incomodam, geradas que são pelo Estado democrático de Direito.
GUILHERME KIRTSCHIG (Joinville, SC)
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SÃO PAULO
O prefeito está em Milão, cidade do design, o vice-prefeito está em Paris, cidade luz, e o paulistano está em São Paulo, cidade esquecida.
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)
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