Povo cearense deve cobrar de governantes solução para seca, diz leitor
A grande escritora e jornalista cearense, saudosa Rachel de Queiroz, retratou em seu romance "O Quinze", o drama e o flagelo da seca de 1915, uma época em que não havia nenhuma tecnologia em pauta, energia elétrica, estradas, transportes e comunicações para aliviar o sofrimento daqueles sertanejos que abandonavam o seu cantinho e batiam em retirada, a pé, para grandes centros a pedir esmolas e, por isso, eram chamados de "retirantes".
Siga o Painel do Leitor no Twitter
Leitor critica frase de Cid Gomes sobre alto custo de shows no CE
Hoje, tudo mudou para melhor no campo técnico-científico. Em todo lugar do sertão existe energia elétrica para acionar motores, perfuratrizes e outros instrumentos modernos para abrir poços profundos, puxar água de grandes distâncias para irrigar solos para a agricultura básica da região e matar a sede de gente e de bichos. Então, por que a situação é tratada com a mesma atitude e indiferença de quase cem anos atrás?
A ilustre dama das letras já foi chamada por Deus e ninguém se mancou de abrir o verbo para pedir a resolução de um sério problema secular, que já dispõe de grande tecnologia e recursos de toda espécie para ser resolvido.
Fica assim, faltando apenas a boa vontade dos governantes e maior sensibilidade e responsabilidade do povo cearense para cobrar a solução definitiva de tão grave problema social e moral.
Joel Silva-21.abril.2012/Folhapress | ||
Carcaça de gado morto no agreste de PE, uma das áreas atingidas pela seca que ainda assola o Nordeste |
Livraria da Folha
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade