Impacto do aborto sobre saúde mental da mulher é muito grande, diz leitora
Ao ler o texto "Médicos defendem abortos até a 12ª semana de gestação" na Folha lembrei-me, imediatamente, da conversa que tive com um colega médico, psiquiatra, docente universitário, quando ele me disse que na sua vivência médica percebeu que o impacto do aborto sobre a saúde mental das mulheres é muito grande, e que a maioria que deixou de fazê-lo sentiu uma sensação de paz e atenuação dos conflitos internos.
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Sabemos que os transtornos de saúde mental são bastante prevalentes na população em geral, ao passo que o Sistema Único de Saúde ainda não dispõe de estrutura adequada para a grande demanda.
Ademais, a atenção à saúde dos adolescentes e das mulheres ainda deixa muito a desejar, pois há muito a ser feito para conquistar a integralidade das ações, com trabalho em rede nos serviços de saúde e com outros setores (governamentais e não governamentais) nos quais a parceria é fundamental (educação, assistência social, assistência jurídica, dentre outros).
Devido ao exposto, considero que o aborto pode se apresentar como uma solução a princípio simplista, porém de consequências negativas complexas para uma sociedade já fragilizada pela falta de sólidos valores que contribuem para a saúde mental.
Fernando Donasci - 24.mar.2007/Folhapress | ||
Pessoas protestam contra o aborto na praça da Sé, regão central da cidade de São Paulo |
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