Para leitor, diploma obtido no exterior não precisa revalidação
É inegável que o sistema de revalidação de diplomas obtidos no exterior precisa de uma ampla reforma.
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Embora concorde com o pró-reitor Vagan Agopyan de que a revalidação exige avaliação cautelosa de cada caso, é necessário ressaltar a morosidade e o custo elevadíssimo desse processo.
O pró-reitor esqueceu de informar ao leitor que a revalidação de um diploma estrangeiro na USP, por exemplo, custa ao aluno mais de R$ 1.500 e demora, em média, um ano.
O pior de tudo é que mesmo alunos que fizeram o doutorado no exterior, financiados pela própria Capes, precisam revalidar seus diplomas quando retornam ao Brasil. Ou seja, a Capes seleciona e acompanha de forma rigorosa seus bolsistas no exterior e aprova a priori a instituição e o plano de trabalho desses alunos. No entanto, quando os mesmos retornam ao Brasil, precisam "provar" que seus títulos são válidos.
Casos como esse são uma afronta à inteligência e atestam com clareza a falta de capacidade gerencial do Ministério da Educação e das universidades para lidar com mais esse processo burocrático.
Neste sentido, o projeto de lei em tramitação no Senado que torna automático o reconhecimento de diplomas obtidos em instituições reconhecidas pelo Poder Executivo representa, sim, um avanço e constitui um passo fundamental para estimular a incorporação de jovens talentos no sistema acadêmico nacional.
Bruno Roseguini é pós-doutorando pela Unifesp - EPM
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