Futebol, Cuba, imigração, Lula, direito autoral

Futebol arte

"Mais Kerlons e menos Coelhos!"

CARLOS J. RIBEIRO (São Lourenço, MG)

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Cuba e Brasil

"Na coluna 'Urbe', Duílio Ferronato (Revista da Folha de 16/9) disse: Tem mais brasileiros que fugiram do Brasil que cubanos que fugiram de Cuba. Brasileiros não fogem do Brasil. Brasileiros deixam, saem, desistem ou mesmo abandonam. Porque nós podemos. Lá, só mesmo fugindo."

MIRIAM DE FÁTIMA SCHMIDT (São Paulo, SP)

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Imigração

"Assustei-me só de ver a manchete da reportagem 'França propõe teste de DNA para candidato a um visto de imigrante', publicada ontem. A França colocou em debate um novo projeto de imigração, em que os candidatos estrangeiros estão submetidos a um teste de DNA para comprovar parentesco com um trabalhador imigrante já residente na França.
Isso me parece caso de novela, programa de televisão e filme dramático, onde a questão é 'será que ele é o pai?!', mas nesses casos, pelo menos, a vítima pode fazer a sua escolha quanto a querer ou não efetuar o teste.
Agora aparece a França (como mais um país com burocracia saliente) querendo deixar em situação vergonhosa os candidatos que simplesmente querem morar com seus pais ou filhos. Como se não bastasse as diversas entrevistas, o visto, a demora para conseguir morar lá, a exigência do teste pode ser mais um fator na hora de se mudar. O que mais me decepcionou foi que apenas dois deputados foram contra esse projeto."

LOUISE VITA (São Paulo, SP)

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Direito autoral

"As recentes declarações do ministro Gilberto Gil sobre direitos autorais levam-nos a algumas reflexões:
1- a prevalecerem seus argumentos, em breve a figura do autor que não é intérprete estará extinta. Ou seja, o compositor profissional é um ser em extinção, já que não terá mais o controle pleno de sua obra.
2- pelas afirmações de Gilberto Gil e de alguns outros defensores da flexibilização do direito autoral, este aparece como o grande vilão contra as novas tecnologias, o que é uma falácia, sem dúvida, que só beneficia quem quer usar música sem pagar.
3- em sua declarações, Gil diz que o Ministério da Cultura tem se tornado um grande financiador de bens artísticos e criativos, aumentando seu orçamento ano a ano, ao mesmo tempo em que está dotando o Estado de ferramentas para controlar e fiscalizar o direito autoral. Ora, num governo que tem revelado uma extraordinária voracidade fiscal, pergunta-se se a intenção do senhor Gil não seria carrear toda a arrecadação do direito autoral, que não é pequena, para o Ministério da Cultura e estatizá-lo definitivamente.(?)
4- diz Gilberto Gil que as insatisfações com o atual modelo de arrecadação e distribuição de direitos autorais têm deixado os autores insatisfeitos. Desde quando pode o senhor Gilberto Gil falar em nome dos autores? O fato de ser ministro da Cultura não significa que tenha recebido uma procuração dos autores para representá-los. O modelo atual é resultado de uma longa luta por parte dos autores, que ainda requer aperfeiçoamentos, mas não pode ser destruído pela simples vontade de um ministério com viés estatizante.
5- diz-nos o senhor Gil que medidas de proteção tecnológica, que permitem aos donos dos direitos autorais sobrepor algum software sobre a mídia em que estão gravados para impedir cópias, têm-se revelado ineficientes em todos os lugares do mundo, e contrapropõe para compensar os autores, uma contribuição obrigatória sobre a mídia virgem, a ser revertida automaticamente para os autores. Tal afirmação não é verdadeira já que nos Estados Unidos a utilização dessas medidas diminuiu, em muito, a pirataria tecnológica. E quanto à contribuição obrigatória sobre a mídia virgem, pergunta-se: que autores seriam remunerados se na mídia virgem ainda não se sabe quem são os autores?
Como compositor profissional que sou a mais de 40 anos, com cerca de 800 músicas gravadas, temo pela minha profissão. Do jeito que vai, brevemente estará extinta. O que será dos novos autores?"

PAULO SERGIO VALLE, compositor (Rio de Janeiro, RJ)

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Lula

"'Me considero um homem feliz, porque vivo o melhor momento como presidente da República. Estamos colhendo exatamente o que plantamos: nem mais nem menos'. Texto comovente de Luiz Inácio, mas não dá para acreditar que ele esteja sentindo realmente tanta felicidade. Ele abriu mão de governar com o povo para governar com os corruptos. De tabela, os corruptos não souberam roubar e se lambuzaram, transformando o seu governo em um grande picadeiro. Eles fazem a 'graça' e quem bota o nariz de palhaço é o povo. Mas eu concordo que o governo Lula está 'colhendo o que plantou'. E a colheita foi tão farta que não deu para quem quis, por isso essa briga toda em Brasília. Uns com tantos desvios e outros com tão pouco."

ADAUTO JOSÉ DA CUNHA JÚNIOR (Recife, PE)

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Ódio de pobre

"Índice de pobreza diminuiu no governo Lula. O mais baixo desde 1987, quando foi criado. Seis milhões de brasileiros deixaram de passar fome. Mas isso, para as elites, pouco importa. Nunca passaram ou passarão fome. Chamam de populismo. Preferem ficar buscando mazelas para desmoralizar o governo Lula.
Eles têm ódio de pobre."

ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Copacabana, RJ)

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Circo

"Ao ler na Folha a notícia segundo a qual o senador Tião Viana tirou uma funcionária do Senado, paga com nosso pobre dinheirinho, para trabalhar no PT, e a afirmação cínica do mesmo senador: 'Se meu único pecado político é esse, sinceramente, tenho certeza de que irei para o céu', prefiro ir mesmo para o inferno, lá, certamente, haverá menos hipocrisia."

ANTÔNIO CARLOS FRANCO (São Paulo, SP)