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11/02/2008 - 02h30

Cartões, Prisões, Fotografia, Favelas, EUA, Marx, Romário

da Folha Online

Cartões

"Com os seus valores, o PT está infinitamente distante de um partido que possa ter meu voto em qualquer eleição. Mas reconheço que o presidente Lula está certo quando insinua que há preconceito contra ele e seu partido em alguns Estados mais desenvolvidos. Veja agora o caso do cartão corporativo. Com muita razão chovem manifestações cobrando providências de Brasília contra esse descalabro que, no caso do governo federal, consta encontrar-se publicado no Portal da Transparência. Já no governo de São Paulo, que consta ter gasto R$ 108 milhões em 2007 com os seus cartões, o sentimento velado é de que o povo paulista tem vergonha de reconhecer que o Estado mais desenvolvido da nação também tem culpa no mesmo cartório."

LUIZ ANTÔNIO DA SILVA (São Paulo, SP)

*

"Um novo jogo começou: a CPI dos cartões. Governo e oposição, que viviam se enfrentando, agora terão mais um capítulo na guerra brasileira pelo poder. Vale tudo, menos governar dignamente e ajudar o povo a ter uma melhor qualidade de vida. Lamentável! Os políticos merecem cartão vermelho!"

RODRIGO CAPELLA (São Paulo, SP)

*

"A tapioca corporativa descrita pelo Ruy Castro nos causa uma enorme indigestão. Mas calma aí! O peixe não pode pagar o pato. A Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca é importante para o desenvolvimento desta atividade no país que possui um litoral extenso, muitos rios e lagos e que importou US$ 0,5 bilhões de pescado em 2007. É importante levar o setor pesqueiro a sério.

RODRIGO CARVALHO (São Paulo, SP)

*

"O governo Lula usa a velha tática: a melhor defesa é o ataque! Os cartões corporativos do governo federal só começaram em 2001, mas querem investigar desde 1998 (2º mandato de FHC). É bagunçar o meio de campo e jogar nos olhos do povo, fazendo valer sempre a mesma lógica antiética: todo governo também faz. E aí vamos nós, de escândalo em escândalo, de corrupção em corrupção e do assalto contínuo aos cofres públicos e escárnio com a população. Se, apesar de tantos fatos graves, a popularidade deste governo continuar, devo tristemente argumentar que cada povo tem o governante que merece."

PRISCILA SCATENA (São Paulo, SP)

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Prisões

"Se não me engano, no ano passado vi uma pesquisa de popularidade dos governadores, na Folha, e Aécio Neves estava em primeiro lugar. Agora leio a reportagem sobre as carceragens de Contagem e de Ouro Preto, cidades importantes do Estado (imagine as outras, de menor importância). Podem se comparar aos campos de extermínio da Alemanha. Fico me perguntando como é possível um governador ser tão querido. Espero em Deus que ele não seja o nosso futuro presidente."

MARIA ANTONIETA S.S. MELLO (Curitiba, PR)

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Fotografia

"O químico inglês James Lovelock desenvolveu a controvertida Teoria de Gaia, segundo a qual o planeta Terra é um 'ser vivo' infectado por um 'tumor maligno', que somos nós, os seres humanos. Ao vislumbrar a aterradora e magistral foto da retirada de gorilas mortos do Parque Nacional de Virunga, no Congo (9/2, pág. A16), tirada pelo sul-africano Brent Stirton, uma das vencedoras da 51ª edição do prêmio máximo do fotojornalismo, o World Press Photo, cheguei à conclusão que infelizmente a Teoria de Gaia é absolutamente verdadeira."

TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

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Favelas

"O uso de recursos públicos para causas indevidas é um desplante denunciado pela imprensa diariamente. Nas entrelinhas da reportagem sobre a Prefeitura de Maringá (10/2, pág. A12) surge o tema da expulsão forçada da população de baixa renda das áreas que se valorizam, sob a vista grossa dos legisladores de municípios, Estados e da Federação. Utilizando criminosamente o nome de associação de moradores, elas formam os chamados 'condomínios' e passam a cobrar taxas abusivas, impossibilitando que os antigos moradores permaneçam no local. O agravante é que os carnês e boletos de cobrança tornam-se instrumentos de cobrança judicial, penalizando pessoas que deveriam receber proteção da Justiça."

CLAUDIA LESSA (Indaiatuba, São Paulo)

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EUA

"Realmente impressiona o espaço que a mídia brasileira gasta com a cobertura das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Se esta cobertura serve para alguma coisa, é para comprovar que o sistema presidencialista está falido e precisa ser substituído urgentemente."

NEWTON VELLOSO (Araraquara, SP)

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Marx

"Em seu 'Marx e o capitalismo' (Ilustrada, 9/2), Antonio Cicero mostra como a unidade social tanto no feudalismo como no socialismo era mantida graças a existência de uma ideologia absolutamente hegemônica, respectivamente, o catolicismo e o marximo-leninismo. Portanto, duas formas de produção e de sociabilidade intolerantes a qualquer ideologia que presumivelmente pudesse se opor à ideologia oficial. Acrescentaria que a Inquisição e o Gulag são terríveis ilustrações históricas do modo de manutenção dessa unidade ideológica.
De modo totalmente diferente, a unidade da produção capitalista é mantida exclusivamente por condições objetivas, digamos, as leis férreas da produção e do mercado. Enfim, uma autonomização do econômico, das condições materiais de produção, cujo funcionamento prescinde de injunções ideológicas, portanto de qualquer ideologia particular.
Mesmo sem fazer qualquer referência à Shoah, aos fascismos e às ditaduras militares, talvez pudéssemos supor que essas condições objetivas, as leis da produção capitalista, são apenas aparentemente autônomas, pois só entram em funcionamento às custas da existência e do consumo das vidas dos 'indivíduos livres', dos 'trabalhadores livres', enfim, que as condições objetivas são absolutamente interligadas às condições subjetivas, numa palavra: ideológicas.
Restaria perguntar se esse esforço visando a desideologização do capitalismo não é ele mesmo ideológico? E se for, se o autor do texto não é apenas mais um espadachim a soldo?

PAULO SILVEIRA, professor da FFLCH da USP (São Paulo, SP)

*

"É uma pena que o colunista Antonio Cicero não tenha lido outros trechos da obra de Marx. Em especial, aqueles nos quais enfatiza que a ideologia dominante, a cada período histórico, tende a ser a da classe economicamente dominante. Descobriria que, desde os primórdios da dissolução feudal e do avanço do modo de produção capitalista, vicejam ideologias que pregam a ausência de ideologias. E isso se renova a cada ciclo de expansão e crise do capital. Acreditar que o capitalismo está 'para além das ideologias' nada mais é do que uma versão pouco requintada do 'fim da história', de Fukuyama. É a demonstração cabal de que nada compreendeu com relação ao materialismo histórico e o papel da ideologia, mesmo quando justamente as bases materiais dessa sociedade nos levam a crer que pode não existir ideologia. Afinal, existe algo mais ideológico do que supor a existência de um 'puro interesse' que move o capitalismo?"

LALO WATANABE MINTO, pesquisador do Instituto Brasileiro de Estudos Contemporâneos (Campinas, SP)

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Romário

"Perfeita a análise que José Geraldo Couto faz do Romário dos últimos tempos ('O malandro e o coronel', de 9/2). Na frase 'o malandro não é um representante da sua classe, mas de si próprio', José Geraldo define a trajetória do fenomenal jogador, que mais do que qualquer outro não está sabendo encerrar a carreira ao compactuar com episódios como a comédia dos mil gols e a de técnico/jogador."

JOSÉ SILVEIRA DA ROSA FILHO (Brasília, DF)

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