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21/05/2008 - 02h30

CPMF, educação, 1964, ditadura, trânsito, justiça espírita

da Folha Online

CPMF

"Vejo como uma agressão à inteligência dos brasileiros a criação de uma nova CPMF; um novo imposto para nos sacrificar, em nome da saúde! Causa-me perplexidade a tranqüilidade deste governo em propor novo imposto, principalmente quando nos certificamos do mau uso dos recursos pelo governo Lula ('Espuma tributária' e 'Missão cumprida', Opinião, 20/5). Até quando seremos feitos de bobos? Até quando esse governo jogará na nossa cara toda essa incompetência? Nós, brasileiros, que pagamos as contas, precisamos reagir e lutar para que tamanho absurdo não seja praticado novamente!"

THEREZZA ALVES TERRA (São José dos Campos, SP)

*

"O governo joga com cartas marcadas a volta da CPMF por decisão do Congresso, certo de que o lobby dos agentes financeiros, parceiros na manipulação dos reais depositados na rede bancária em espécie, sem o controle da Câmara de Compensação de Cheques e outros Papéis do Banco Central, pode financiar a eleição de vereadores e prefeitos em todo o país, concentradamente nos candidatos do PT. A discussão da soberania da Amazônia deverá ser a cortina de fumaça que permitirá o anestesiamento da opinião pública para o emplacamento da nova CPMF, como fizeram da cobertura do assassinato da menina Isabella, que tirou da mídia o escândalo dos cartões corporativos do governo."

ORLANDO MACHADOS SOBRINHO (Rio de Janeiro, RJ)

*

"Quando nosso presidente, ironicamente, diz que chamará a oposição, que não aprovou a continuação da CPMF, para que se conscientize da falta daquele imposto para a saúde, cabe perguntar a ele por que, com todos os bilhões advindos dela nos primeiros cinco anos de seu governo, a saúde só piorou neste país. E, se Lula quer sugestões sobre como arrumar recursos para o cumprimento da emenda 29, a solução é fácil: tirar do cofrinho do Fundo Soberano do Mantega. Assim, não fica tão contraditório um governo que diz fazer tudo pelo social não poder usar o excedente de nossa promissora economia para a melhora da saúde, a principal preocupação dos brasileiros. Ou vai continuar enganando que o pobre, mesmo que indiretamente, não paga CPMF?"

ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO (Botucatu, SP)

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Educação

"O governador Serra montou um pelotão para contestar quem quer que seja que faça críticas ao seu governo. Lamentável que a cada carta publicada os leitores sejam desmentidos, porque o governo precisa ficar bem na foto. Por enquanto, no quesito educação, o troféu que a Secretaria da Educação tem a exibir é dizer que há 98,6% da população de 7 a 14 anos na escola. Até aí, nada de novo, é lei e precisa ser cumprida. Mas o que se questiona é mais profundo: desses 98,6%, quantos sabem ler, escrever e pensar? É essa ferida que quem está do lado de cá vê diariamente, e os exames estão aí mostrando a tragédia em que se transformou a educação na maior cidade do país, governada pelo PSDB."

IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

*

"Ensinar e aprender são tarefas para a vida toda. A educação é gênero da qual o ensino é a principal espécie.
Educadores todos nós podemos ser no dia-a-dia. Como? Pelo exemplo. O ensino de qualidade requer, em primeiro lugar, que os mestres se aprimorem em suas competências. Como? Estudando sempre.
O ensino de qualidade pede para que se refaça a metodologia do educar. Até a 6ª série, o ensino mais do que o básico, tentando despertar no aluno o desejo, a ânsia de conhecimento. Como fazer isso? Pelo exemplo. Da 7ª série até o 3º ano do ensino médio, os alunos e classes seriam divididos em áreas: humanas, exatas e biomédicas. De que adianta ensinar química e matemática para alunos com tendência para as área de humanas? Os resultados são infrutíferos. Da mesma forma, para o aluno que gosta de física, matemática e química, será em vão a tentativa de ensinar-lhe literatura e filosofia.
O educador consciencioso, galgado à política, ou o político consciencioso, sabe que despertar o gosto do conhecimento nos alunos é investimento com retorno certo, e não gasto que onera o orçamento municipal, estadual ou federal.
Em duas décadas, o ensino de qualidade tornará o Estado e o município melhores em todos os sentidos. Todavia, duas décadas é muito tempo, é um futuro inalcançável para seus interesses particularistas para boa parte dos políticos contemporâneos."

WANDER CORTEZZI (São José do Rio Preto, SP)

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1964

"Diante das recentes investidas revanchistas do ministro Tarso Genro contra os militares e de tantas falcatruas praticadas por políticos que chegaram ao poder pós-1985, com raríssimas e honrosas exceções, refletindo profundamente cheguei à seguinte conclusão: os militares tinham razão quando, frente à exigência da nação desesperada, eclodiram o movimento de 1964 e fizeram uma limpeza no Congresso Nacional e na classe política em geral, cassando os corruptos e banindo aqueles adeptos à imposição de uma pretensa ditadura do proletariado. O que veio depois, após a resistência daqueles pseudopatriotas que não conseguiram tomar o poder pela via pacífica através do convencimento e rebelaram-se contra o regime, foi simplesmente conseqüência do estrito cumprimento do dever legal pelos militares, ou seja, impedir que se instalasse aqui o regime de Cuba, Albânia, URSS etc. O que vivenciamos atualmente é conseqüência da volta 'triunfante' dos facínoras que outrora tentaram nos trair e o fazem agora sob manobras silenciosas, escusas, inescrupulosas no governo e no Congresso.
O tempo passa, 2010 chegará logo. A sociedade politizada certamente dará uma resposta à altura. A verdade é que durante o período dos governos militares, apesar de alguns senões, éramos felizes e não sabíamos. Que o digam os cidadãos e cidadãs de bem, os trabalhadores, enfim, os verdadeiros patriotas."

JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA, subtenente da reserva do Exército (Lins, SP)

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Ditadura

"Quero agradecer ao professor de história Marco Antônio Villar pela sua brilhante preleção intitulada 'Falácias sobre a luta armada na ditadura' ('Tendências/Debates', 19/5) e ao cartunista pela figura ilustrada, que representa bem o tipo de bandido assaltante de bancos, que se infiltraram no movimento dos políticos insurgentes contra o regime do governo militar. Assiste razão ao professor, o que os botocudos chamam de revolução foi apenas golpe de Estado. Lembro que fui trabalhar no dia 1º de abril de 1964 e quando desci do ônibus no Vale do Anhangabaú me assustei com os tanques de guerra do Exército estacionados debaixo do Viaduto do Chá. Não vi nenhum contra-ataque. Eles estavam lá apenas de prontidão. Em verdade, a luta pela restauração do Estado democrático de Direito foi travada inicialmente pelos movimentos populares, pela anistia dos políticos exilados e pela carta aos brasileiros lida no dia 8 de agosto de 1977 pelo professor Goffredo Telles Junior, nas arcadas da Faculdade de Direito da USP, que deu origem à campanha das Diretas-Já, posteriormente consagrada pela emenda constitucional 'Dante de Oliveira'."

LUCIO MATOS (São Paulo, SP)

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Trânsito

"O secretário municipal de Transportes da cidade de São Paulo, num brilhantíssimo rompante de inteligência, afirmou na última segunda-feira que o trânsito na cidade não entrará em colapso, conforme pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral.
Os argumentos, inteligentíssimos, utilizados pelo secretário são de pasmar qualquer inteligência mediana. Ele afirmou que o colapso não ocorrerá em virtude do aumento dos investimentos no setor de transporte e porque 'as vendas de carros irão diminuir'. Brilhante! A ser verdade o que ele disse, a diminuição das vendas de carros implicará na redução da frota circulante na cidade.
Será que o secretário não sabe que a frota continuará a crescer? Poderá até crescer em ritmo mais lento, mas continuará a crescer, e a área de circulação, por mais que cresça, não acomodará toda a frota. Ou será que ele tenta esconder, com a peneira, a irresponsabilidade da administração pública que falhou, em todas as gestões até hoje, em disciplinar a ocupação urbana da cidade e no planejamento viário? Será que ele não sabe que a infra-estrutura viária é falha (ruas, estacionamentos, sinalização) e pelo descalabro da aglomeração e adensamento permitidos pela prefeitura em certas áreas, ou não quer assumir a responsabilidade?
Adensamento criminoso de áreas, falta de controle, de responsabilidade, de seriedade e total ausência da autoridade provocaram a balbúrdia em que se encontra a cidade. Não há punição, não há disciplina, pois cada um faz o que quer e estaciona onde quer. E, sem culpa, cada motorista circula em seu carrão enorme, sozinho, numa cidade em que, dia após dia, o nó no trânsito fica mais e mais enorme e complicado.
Brilhante a lógica do secretário!"

ALEXANDRE CARNEIRO (São Paulo, SP)

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Justiça espírita

"Em relação a reportagem 'Associação quer espiritualizar o Judiciário' ( Cotidiano, 19/5), em princípio também sou pelo Estado laico, mas, quando se entra para a faculdade, aprende-se a primeira definição de direito: 'Direito é bom senso'. E, se dentro do bom senso deve-se absolver o réu com base em psicografia, então que seja os réu absolvido. Isso claro, dentro do bom senso. Além disso, toda a corrente do nosso ordenamento jurídico se baseia também na filosofia cristã, porque os ensinamentos do Cristo são doutrinas filosóficas com aplicação nas leis judiciais e nos nossos usos e costumes. Apenas os céticos sobre o Cristo e os materialistas não querem aceitar que, por exemplo, quando se aplica baixa pena (ou não se aplica pena alguma) ao infeliz famélico (roubar para comer), se faz com base numa doutrina que os pais e avós lhe ensinaram, o perdão, que é doutrina cristã. Vendo o caso apenas pelo lado da ética, então a pena aplicada deve ser cadeia, e não o perdão."

RAUL DE ARAÚJO CARNEIRO (Brasília, DF)

*

"Aos defensores da 'ética cristã' nos julgamentos laicos, sugiro lembrar o equilíbrio e a impecabilidade dos processos contra Joana D'Arc e Giordano Bruno."

ALVARO NELSON SAUNDERS DA SILVA (Mogi das Cruzes, SP)

 
 

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