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29/09/2008 - 02h30

Fumo, Indenizações, Imprensa, Doações casadas, Crise nos EUA

da Folha Online

Fumo

"Mais uma vítima do carrasco de Hollywood! Agora foi o grande ator Paul Newman, aos 83 anos, vitimado pelo grande algoz da terra do cinema! Antes, outros grandes atores, como Humphrey Bogart, Steve Mc Queen, John Waine e Yul Brinner também foram vítimas de seu tiro certeiro nos pulmões! De vez em quando viaja pelo mundo, e aqui, no Brasil, não faz muito também tirou a vida do grande Paulo Autran! De quem falo?! É claro, de um dos maiores assassinos de aluguel do mundo: o famigerado cigarro! E por que de aluguel? Porque cigarro não pensa, não age nem tem rancor de ninguém! Cigarro, de fato, é um assassino de aluguel, instrumento do lucro podre, desumano e criminoso dessa 'indústria do crime', apelidada de indústria do tabaco, que tantos e tantos crimes comete por dia, em todo o mundo, mas especialmente em países como o Brasil, apadrinhada por governos que são cúmplices do morticínio, uma vez que auferem 'impostos' que chegam a 80% dos 'lucros' dos frios e ambiciosos fabricantes! Para terminar, o que estão fazendo as vítimas das 'balas perdidas' do 'carrasco de Hollywood' para se protegerem? Refiro-me, é lógico, aos fumantes passivos... A situação está intolerável!"

SAGRADO LAMIR DAVID (Juiz de Fora, MG)

*

"A indústria do tabaco foi uma das financiadoras do cinema de Hollywood entre as décadas de 20 e 50. E não somente isto. Durante a guerra eles distribuíam caixas de cigarros marca 'Players' de graça para os soldados antes que eles embarcassem nos navios."

HELGA SZMUK (Florianópolis, SC)

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"Sou fumante. Tenho vários parentes que conviveram com fumantes a vida toda e até hoje gozam de plena saúde. Assim, penso que não está comprovado cientificamente de que a fumaça inalada por quem convive com fumantes faz mal à saúde. Se fizer, o dano é mínimo. Há de haver uma convivência pacífica entre o fumante e o não-fumante. O direito de fumar esbarra no direito da pessoa que não fuma. O Estado não deve proibir de forma incisiva e com pulso forte a convivência harmoniosa entre os tabagistas e os que não aceitam o cigarro. Os Estados totalitários é que impõem e não incentivam a convivência harmoniosa. Há de se considerar o respeito de quem fuma para aqueles que não fumam. Eu, no serviço, sempre saí da sala para fumar e, na impossibilidade de sair, colocava meu braço na janela, de forma que o cigarro não incomodasse os vizinhos, colegas de serviço. Não conheço ninguém que, propositalmente ou não, jogue a fumaça na cara ou fume bem ao lado de quem tem ojeriza à fumaça do cigarro. Causa espécie a Folha defender o combate sem tréguas ao fumo e ao fumante ao invés de defender a convivência harmônica entre fumante e não-fumante, em nome da liberdade e da democracia. Somente quem conviveu com dependente do álcool, como eu convivi, sabe que a fumaça do cigarro não é nada, ou quase nada, perto dos efeitos, aí sim, deletérios de quem se embriaga todo dia com outra droga lícita: o álcool. O álcool destrói não somente a saúde do alcoólatra, mas destrói famílias e torna o indivíduo um pária social, com custos sociais imensos, embora ainda não medidos oficialmente."

WANDER CORTEZZI (São José do Rio Preto, SP)

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Indenizações

"Quando li sobre pessoas beneficiadas pela Justiça com indenizações por participarem das greves do ABC nos anos 70 e 80, senti que algo de podre está acontecendo no Brasil. Vivi naquela época, passei pelos mesmos movimentos sindicais, as empresas em que trabalhávamos eram as mesmas (siderúrgicas, metalúrgicas e montadoras). Devo ter entrado na mesma lista dos investigados que entraram esses indenizados. Se a indenização é honesta, também quero a minha, pois em 1966, estabilizado na Companhia Siderúrgica Nacional, por medo não sei de quais ameaças vindas não sei de onde, pedi demissão. Pergunto: somente os sindicalistas ligados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram prejudicados? Hoje sou apenas aquele aposentado que um dia foi chamado de vagabundo por um presidente da República, mas que contribuiu com honestidade para se aposentar com 9,6 salários mínimos, que foi 'agraciado' com 5,8 e no momento recebe apenas 2,2 salários."

LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

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Imprensa

"A pergunta que nos fazemos é por que deve ser revelada a fonte de informação se quem divulga o fato inverídico, falso, pode ser processado por dano material e criminal. O que deve ser debatido sobre esse devaneio do ministro Nelson Jobim é a responsabilidade que têm as autoridades públicas em apurar a veracidade do fato divulgado no interesse indescartável da sociedade. O marketing político do governo, presente em todos os meios de divulgação, faz os ingênuos e desinformados pensarem e acreditarem que o Brasil 'vive um momento mágico', frase cunhada pelo presidente Lula. A propaganda do governo, concentrada na economia e seus resultados alardeados no Bolsa Família e no PAC, pintam o quadro da prosperidade nacional creditando tais resultados a estabilidade democrática. Visto por esse ângulo a proposta de acabar com o sigilo de fonte de informação é um atentado a democracia, tentativa solerte para amordaçar a liberdade de imprensa, sem a qual o país se tornará uma republiqueta."

ORLANDO MACHADO SOBRINHO (Rio de Janeiro, RJ)

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Doações casadas

"Todo cidadão 'pode' dedicar parte de seu Imposto de Renda a projetos sociais. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), toda pessoa física 'pode' destinar até 6%, e a jurídica, 1% de seu imposto devido diretamente aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente de qualquer localidade (estadual ou municipal) que tenha esse órgão regulamentado. Nos dois casos o verbo é 'pode', de poder, e não 'deve', de dever. Agora, tanto a pessoa física como jurídica quando enquadrados devem pagar imposto de renda. Basta alterar a lei e destinar 6% e 1% do imposto recolhido da pessoa física e jurídica junto ao governo federal para os respectivos Conselhos Municipais. Além de acabar com essa discussão sem sentido, vai aumentar os recursos à disposição dos conselhos. Vamos acabar logo com essa lenga-lenga onde o Conanda, em 18 anos, não conseguiu regulamentar a questão, dando oportunidade a falsos moralistas defenderem teses sobre o assunto em busca de notoriedade."

JOSÉ LUIZ FREIRE DE ALMEIDA, secretário de Cidadania e Ação Social (Mogi das Cruzes, SP)

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Crise nos EUA

"A aplicação de US$ 700 bilhões do contribuinte para salvar da falência algumas instituições financeiras dos Estados Unidos mostra bem que o mercado de capitais tem algumas fontes que controlam mesmo as economias ditas neoliberais e que, na prática, exigem o afastamento do Estado das atividades onde atuam. Nesse caso fica evidente o poder desses conglomerados. Mas é preciso ressaltar o silêncio adotado por muitos teóricos desse modelo de sistema político. Muitos luminares da economia, diante dos fatos, procuram justificativas para a possibilidade de uma grande recessão e de prejuízos para o mercado de crédito em todo o mundo. A que ponto chegamos neste mundo de desiguais."

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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