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01/10/2008 - 02h30

Eleições, língua, crise, polícia, grampos, Lula

da Folha Online

Eleições

"Dentro de três meses, quando 2009 chegar, São Paulo passará a ser outra cidade. Em pouco tempo os problemas de trânsito estarão solucionados; os serviços de saúde funcionarão maravilhosamente; as escolas serão exemplares; o transporte público, nem se diga, e sem qualquer aumento. Teremos banda larga grátis; o IPTU não mais aumentará; a iluminação pública chegará a todos os recantos do município; as ruas não terão mais buracos. Enfim, nossa cidade será um paraíso. É isso o que poderia pensar um incauto cidadão que vê, por falta de outra opção, os programas eleitorais."

ANTONIO CARLOS C. A. FRANCO (Tremembé, SP)

*

"Que delícia! As eleições estão chegando, e o povo brasileiro, obrigatoriamente, tem que escolher o candidato menos pior. Quando poderemos votar com consciência se não há candidatos conscenciosos? Toda eleição é a mesma parafernália de propagandas eleitorais, candidatos nas ruas beijando crianças e abraçando os idosos. Sabe por quê? Eles não votam! Eu ainda sou a favor de que as propagandas políticas sejam pagas, e não gratuitas como são. Se o candidato tivesse que pagar, garanto que não falaria tanta asneira e levaria suas propostas mais a sério. Temos candidatos semi-analfabetos e que mal sabem ler o que os outros escrevem por eles. Candidatos com propostas tão megalomaníacas que não podemos levar a sério. Toda eleição é como um parto: dói muito, mas depois que o candidato é eleito a dor cai no esquecimento."

ROSANGELA HACK PARISATTO (Johannesburgo, África do Sul)

-

Língua

"A consulta pública sobre a reforma ortográfica, que citou a Folha, parece não ter sido divulgada com a intensidade e a importância que o assunto merece. Na qualidade de eleitor, eu mesmo não recebi nenhuma comunicação do MEC a solicitar a minha posição, como exercício de cidadania, tampouco percebi a consulta com o destaque e a intensidade que deveria ter sido dada nos jornais. Soa algo feito na surdina, para fazer de conta que se realizou uma consulta pública, a título de validação desse absurdo que é a tal da reforma ortográfica. A meu ver, esse procedimento de consulta não tem valor, sobretudo porque o assunto é tão sério que careceria de maior divulgação, discussão e validação por um plebiscito. Direito que a sociedade não pode abrir mão. Essa atitude do MEC reforça a tese do interesse econômico pela reforma, dado que não se encontra sustentação racional, nem mesmo pela utópica tese da unificação da língua portuguesa, para ganhar espaço universal. Com tantas prioridades no país, é incrível que se tenha desperdiçado tempo e recursos para produzir esse decreto, cuja aprovação não guarda conformidade com as boas práticas democráticas."

JOÃO CARLOS ARAÚJO FIGUEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

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Crise econômica

"O presidente Lula disse, com muita razão, que os 'americanos montaram um cassino na economia'. Só que a sorte deles lhes está sendo madrasta. A caçapa da roleta que tem o número escolhido no jogo (pacote) não está recebendo a bolinha, que rodopia antes de cair nela. Disse mais, 'que há tranqüilidade no governo brasileiro'. O ministro Guido Mantega (Fazenda) também pensa do mesmo modo, quando afirma que 'a situação do Brasil é normal'. As declarações das duas maiores autoridades econômicas do nosso governo tranqüilizam a nação. Que Deus os ouça!"

ANTONIO BRANDILEONE (Assis, SP)

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"Se fosse no Brasil, a Câmara dos Deputados teria aprovado o pacote de socorro ao setor financeiro e definiria um 'impostinho provisório' para reduzir o prejuízo."

CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

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"Há duas décadas ocorreu a implosão da União Soviética; hoje ocorre a implosão do mercado.
Os dois fatos demonstram o fracasso de ideólogos e econometristas. Marx e Keynes estão mortos. Quem os sucederá?
Desta vez, certamente o Congresso americano ainda irá empurrar com a barriga. Mas e depois?"

ALCIDES CASADO DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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Polícia

"Uma das instituições que tem apresentado melhor resultado para a sociedade é sem dúvida a Polícia Federal. É compreensível que os criminosos engravatados estejam temerosos e tentem desmoralizar a PF."

MARCO VITIS (São Paulo, SP)

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"A desculpa de que os policiais do Rio de Janeiro são corruptos porque recebem baixos salários não encontra amparo nos estudos filosóficos de alguma credibilidade.
Os desvios de conduta, tanto de policiais quanto de quaisquer outras profissões, estão mais ligados à caráter (ou falta dele) do que a qualquer outra variável.
Um exemplo clássico é o dos jogadores de futebol Radamés (ex-Fluminense), Vampeta (pentacampeão mundial) e o goleiro do Corinthians Felipe, que, apesar de terem salários e patrimônio astronômicos, terão que explicar à polícia e provavelmente à Justiça (junto com mais 12 jogadores) porque compraram passagens aéreas pela metade do preço normal com Samantha de Almeida Rama, conhecida como 'Rainha das Chuteiras' e que foi presa por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos do RJ.
Como se vê, a aplicação da famosa Lei de Gérson (levar vantagem em tudo) não é exclusividade somente daqueles que recebem baixos salários ou moradores de favelas e assemelhadas, que em sua esmagadora maioria são cidadãos de bem."

FABIO TAVARES (Rio de Janeiro, RJ)

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Grampolândia

"Equivoca-se o ministro Tarso Genro ao enviar projeto à Câmara dos Deputados com a justificativa de combater a famosa 'grampolândia' e, com isso, afetar a imprensa!
O que impressiona é a desfaçatez com que o governo apresenta tal projeto, um governo que se auto-intitula 'democrático'. No mínimo, incoerente!
Onde está a tal 'democracia' no fato de não permitir que jornalistas e veículos de comunicação divulguem qualquer que seja o fato, o que nos deixaria na 'escuridão'?
É sabido que o atual governo sempre teve uma relação de conflito com a imprensa e que sempre desejou limitar seus passos. Agora apresenta um projeto que abre espaço para isso? Simplesmente um retrocesso!
Onde está o país que, segundo o governo, 'é do futuro'?
Não às mordaças e não à 'castração' da liberdade da imprensa!"

LÍGIA BITTENCOURT (São Bernardo do Campo, SP)

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Governo Lula

"A aprovação do governo Lula foi para 80% em setembro. Nem no populista Plano Sarney um mandatário máximo da nação teve uma popularidade tão alta perante a população brasileira.
No entanto, o desempenho de Lula não está se transmitindo para os possíveis candidatos do PT para as eleições presidenciais de 2010. Pelo menos até este exato momento.
Este quadro comprova que a maioria do povo brasileiro vota na pessoa, e não em partido político. E o Partido dos Trabalhadores terá que politicamente estudar este ''decifra-me senão te devoro' que o eleitor está materializando."

PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

 
 

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