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14/06/2009 - 02h30

Grve na USP, Amazônia, Senado, Caetano

da Folha Online

Greve na USP

"Lembro a Magnífica Reitora da USP, doutora Suely Vilela, que precisa atualizar seu Currículo Lattes incorporando os violentos acontecimentos no campus Butantã, ocorridos em 9/6. A Universidade de São Paulo é uma referência nacional em atividades de ensino, pesquisa e extensão, isso protagonizado pela atuação de excelência de seu quadro docente, disciente e funcional. Não é admissível que num Estado democrático de Direito trabalhadores e intelectuais sejam tratados de forma violenta devido à incapacidade da reitora em gerenciar uma crise interna. A partir deste momento, a reitora será lembrada pelas suas ações autoritárias e de desrespeito à comunidade uspiana e ao povo paulista e brasileiro. Sua carreira acadêmica terá este triste registro."

WILSON MOREIRA JÚNIOR, aluno da USP (São Paulo, SP)

*

"Acompanhando os episódios ocorridos na USP e as manifestações publicadas na mídia, observa-se que a insensatez não é privilégio dos menos instruídos. Alegam os manifestantes a falta de diálogo da reitora; propalam os que apoiam as greves e as invasões que a presença da polícia fere os direitos e a segurança da comunidade participativa.
Mentem os primeiros, pois querem desconsiderar as incontáveis reuniões da direção com os manifestantes, de agora e de antes, com o claro propósito de mascarar o radicalismo de suas propostas e a intransigência de suas posturas. Arvoram-se os segundos em defensores da democracia e da não-violência, mostrando claro desconhecimento do Estado de Direito e do compromisso dos dirigentes de assegurar a integridade do bem público e de funcionários, estudantes e professores que desejam continuar trabalhando. Querem a renúncia da reitora aqueles que não tiveram seus desejos atendidos não por ela, mas por colegiados legalmente constituídos para decidir os caminhos da universidade. Criticam as decisões tomadas com a participação de todas as unidades da USP, da capital e do interior, e se conferem o direito de invadir, destruir e cercear para compensar suas desventuras ideológicas. Argumentam que a reitora, sendo do interior, não conhece a USP e que não sabe lidar com questões complexas. Ora, quem assim o diz certamente nunca saiu de São Paulo e desconhece o que representam os Campi do interior no contexto desta formidável USP. Tampouco precisou tomar decisões com a firmeza necessária para contrariar o ímpeto e o descompromisso daqueles que tudo querem e pouco oferecem. Que a reitora tenha um sono tranquilo, pois sua postura nesse momento, assim como em toda sua gestão, nos dá a certeza de que nossa universidade segue sua trajetória de grandeza e de importantes contribuições à sociedade."

LUIZ FERNANDO PEGORARO, diretor, e JOSÉ CARLOS PEREIRA, vice-diretor da Faculdade de Odontologia de Bauru-USP (Bauru, SP)

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"Gostaria de perguntar a todos aqueles que chamam funcionários, estudantes e professores em greve de 'baderneiros', 'autoritários', 'antidemocráticos' e similares e defendem as ações truculentas do braço armado da reitoria na forma da PM se, quando as universidades públicas brasileiras forem privatizadas, eles se levantarão contra? E, caso se revoltem, pretendem agir como? Mandando cartas ao governador? Pedindo a intervenção do papa? O direito à greve é constitucional. E sem piquetes, ocupações e manifestações não se garante o direito à greve.
Aqueles que criticam o movimento e apoiam a PM deveriam refletir se realmente são a favor da universidade pública, gratuita, de qualidade e para todos ou se estão lá somente para imprimir a grife USP no diploma."

FERNANDO FERRONE, ex-estudante de universidade pública e mestre (Jardinópolis, SP)

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"Gostaria de informar ao senhor Clóvis Rossi, já que ele se pergunta sobre isso em sua coluna, que 'os outros melhores alunos' estavam literalmente estudando no momento do conflito na última terça-feira na USP. Tal como mostra o próprio colunista, como não se trata mais de 1968, simplesmente inexistem motivos para os estudantes invadirem e depredarem os prédios da universidade. Chega a me impressionar que o colunista defenda um 'apoio cego' de todos os estudantes a esse movimento sem causa e a 'pedir o impossível'. Ora, é justamente o impossível que eles estão reivindicando. Como acontece em todas as greves da USP, os estudantes se tornaram massa de manobra dos líderes sindicalistas que ocupam cargos públicos dentro da universidade. Os estudantes, assim, nem sequer sabem contra o que estão lutando. Desse modo, sempre que puder, serei contra essa meia dúzia que insiste em viver em 1968 e que insiste em negar simplesmente por não ter o que afirmar."

ULISSES RAZZANTE VACCARI, estudante de filosofia pela USP (São Paulo, SP)

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Amazônia

"O IPÊ, Instituto de Pesquisas Ecológicas, ONG socioambiental da qual sou presidente, se posiciona radicalmente contra a medida provisória 458, que ameaça a integridade da Amazônia. Conhecida como a MP da grilagem, já foi aprovada no Senado e agora depende do próprio presidente Lula para ser sancionada. A MP regulariza a ocupação ilegal do passado e sua aprovação colocará em risco 67 milhões de hectares de florestas que poderão ser desmatados com aprovação da legislação, que está sendo transformada para favorecer interesses de apenas um pequeno grupo de beneficiários com interesses escusos. Se aprovada, o Brasil entrará para a história como responsável por uma parcela significativa do aquecimento global, que, neste momento, significa a sobrevivência da vida como a conhecemos em nosso planeta."

SUZANA PADUA (São Paulo, SP)

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Senado

"Esculhambação geral com o dinheiro público.
As notícias sobre as nomeações de parentes de forma secreta no Senado nos enchem de ódio e revolta. Ódio não contra a democracia, mas ódio contra o 'assalto à mão armada' aos cidadãos que pagam impostos e esperam o máximo de decência para com a aplicação destes recursos. Revolta por que absolutamente não se faz nada contra os que perpetram tais atos. Ao contrário, ficam livres, leves e soltos. Não devemos esquecer que uma das obrigações do Legislativo é controlar o Poder Executivo. Como pode? Tudo isso mostra que a esculhambação com os recuros públicos é total neste país com tantas leis, porém acostumado com a impunidade."

FRANCISCO CLAUDIO TAVARES (Mogi das Cruzes, SP)

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Caetano

"Que vexame de Caetano Veloso. Um artista que tanto fala na questão social do país aproveita a 'boquinha' para levar R$ 2 milhões do nosso imposto em patrocínio. Caetano tem tudo a seu favor (estrutura, público, mídia), portanto não precisa de financiamento público. Sua atitude, ainda que tenha base legal, é imoral. Definitavemente, os tempos mudaram e os carcarás são outros. Que decepção!"

ALEX FABIANO NOGUEIRA (São Paulo, SP)

 
 

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