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28/06/2009 - 02h30

Michael Jackson, Sarney, Congresso, OAB

da Folha Online

Michael Jackson

"Quando a Elis se foi, alguém disse que um ídolo como ela nunca morre; fica eterno na lembrança de cada acontecimento da nossa vida, que foi embalado e embelezado, digo eu, pela sua voz e interpretação. Eu discordo.
Hoje, choro a morte de Michael, esse menino que, embora um ano mais novo que eu, nunca cresceu. Uma personalidade frágil como uma avenca ao vento. Sinto que morro um pouco com ele.
Morre o início do namoro, os bailinhos dos anos 70, minha criança que pronunciava num inglês imaginário suas melodias, minhas emoções da época, tudo isso se foi com ele.
Seu encantamento e estilo inigualáveis, sua sensibilidade e seu tormento compartilhado por todos, que se vai, me deixam menor. E muito mais solitária neste mundo que me assusta."

SILVIA MARIA NAGALLI (São Paulo, SP)

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Sarney

"Achei uma coisa absolutamente surrealista a publicação, na sexta, do artigo do senador Saney. Com tudo o que está acontecendo ao lado dele denúncias, nepotismo, malversação do dinheiro público, ele ainda tem tempo de falar sobre isso? A Folha deveria parar de uma vez com a publicação dos seus artigos."

PAULO AFONSO BORGES (Rio Claro, SP)

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Congresso

"Apresento uma oportuna sugestão para esse momento indigesto pelo qual passa o nosso medíocre Senado. Recomendo a todos os senadores que se submetam a uma sonoterapia pelo maior tempo possível, afinal dinheiro não é problema. Se, no final, os parafusos da dignidade não forem devidamente apertados, pelo menos a nação deixou de ser roubada nesse período."

GERALDO DE PAULA E SILVA (Rio de Janeiro, RJ)

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"Sim, caro presidente Lula. Não podemos nos ater ao Sarney. Temos que ir em frente nas coisas mais importantes. Pensemos naqueles que vivem o ocaso de suas vidas e amargam a miséria. Aumentemos as aposentadorias deles! Pensemos nos que hoje nascem e não terão estudo. Desde já, preparemos as escolas que os educarão! Pensemos nos policiais que morrem nas ruas. Aumentemos a segurança! Quantos estão nos corredores dos hospitais, à morte? Privilegiemos a saúde! Façamos estradas, portos e aeroportos! Esqueçamos o Senado, a Câmara, enfim o Congresso Nacional. Esqueçamos Brasília! Somos tão cristãos, deixemos que Deus julgue o Planalto Central com suas excelências. Enquanto isso, acreditemos em sacis e fadinhas!"

LUIZ EDUARDO HORTA (Campinas, SP)

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OAB

"Por onde anda aquela OAB Ordem dos Advogados do Brasil, entidade que nos anos 70, 80 e começo dos anos 90 esteve sempre à frente e presente, na luta contra a ditadura e pela ética na política brasileira? O Brasil recentemente passou e passa por vários escândalos _mensalão, dólares na cueca, Renan Calheiros, cartões corporativos, entre tantos outros, e agora, o caso absurdo, inimaginável do Senado Federal com Sarney e cia., torrando dinheiro público numa farra sem precedentes, e o atual presidente nacional da OAB, Cezar Britto, está preocupado em rever a decisão do STF sobre a dispensa de diploma para jornalistas."

GILBERTO DE CAMARGOS CUNHA (Uberlândia, MG)

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Marginais do Tietê

"Para desafogar e resolver de vez a fluência do trânsito nas marginais, não seria mais prudente que se construíssem dois elevados, um em cada lado do Tietê, sobre as faixas internas, nos moldes da Linha Vermelha do Rio de Janeiro? O novo projeto teria alças de acesso às principais ruas e avenidas nas laterais e ainda poderia contornar parte do centro expandido. Neste caso, evitaria gastos adicionais com grandes desapropriações, cortes de árvores centenárias, além de outros obstáculos que ainda poderão surgir. Não desfiguraria a paisagem local e nem se compararia ao famoso Minhocão, por se basear em projeto moderno e ser idealizado numa região afastada do centro histórico, ao contrário daquela obra que deteriorou a avenida São João, principal cartão postal da capital. Ademais, sua construção poderia também se assemelhar ao modelo colorido da linha do Expresso Tiradentes (Fura-Fila) na zona leste. Pronta a obra, apenas seria permitida a circulação sobre ela de automóveis e outros veículos pequenos, como vans, kombis, caminhonetes, ficando as marginais reservadas somente para os de grande porte, tais como caminhões, carretas, inclusive ônibus. Aí está a sugestão e solução mais viável para os grandes congestionamentos da cidade."

JOÃO ROCHAEL (São Paulo, SP)

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Palmeiras

"Diz um ditado que, quando você contrata pessoas mais inteligentes que você, você prova ser mais inteligentes do que elas. O que acontece então quando se demite alguém mais inteligente? A diretoria do Palmeiras deveria analisar esta questão ao alegar que demitiu Luxemburgo por 'quebra de hierarquia'. O técnico estava certo ao afastar Keirrison, que, na verdade, não ajudou o time quando mais precisava e só pensava na sua venda para o exterior. Quem trabalha em campo é o técnico, e não a diretoria, que só visa lucros. Perder um profissional do calibre de Luxemburgo e ainda dizer que ele 'só' venceu um Campeonato Paulista é uma vergonha. Tem hora em que poderiam ser demitidos os chefes."

PAULO ROGÉRIO B. ROCCO (Tambaú - SP)

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Caso Alstom

"Do jeito que estão as coisas na política brasileira, com atos secretos, atos obscenos e salários de mordomo na casa de R$ 12 mil, com conivência total do Congresso Nacional, fica difícil imaginar que o caso 'Propina Alstom' venha a ser investigado e que os culpados possam devolver aos cofres públicos paulistas o que receberam ilicitamente eventualmente.
Exceto se o Ministério Público suíço, que é sério e honesto, resolver julgar, condenar e colocar na cadeia suíça aqueles que receberam propinas, facilitaram a vida da empresa no Brasil e ainda deram mimos aos suspeitos que os ajudavam a intermediar contratos e outras benesses em solo paulista, mesmo ocupando cargos públicos à época."

RAFAEL MOIA FILHO (Bauru, SP)

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Pecuária na Amazônia

"Um aspecto importante sobre a pecuária na Amazônia que quase nunca é mencionado nos debates sobre o tema é que a exploração da pecuária extensiva naquela região, baseada em enormes áreas e com baixo uso de mão de obra, insumos e tecnologia, acaba permitindo a produção de um boi barato. Na verdade, o mais barato do mundo.
Além disso, devido à grande área, à presença de produtores inescrupulosos ou ignorantes e à falta de fiscalização, doenças como a aftosa ainda persistem na Amazônia. Este fato, que deveria ser combatido com unhas e dentes pela indústria da carne e pelo governo, é outro fator que contribui para reduzir o valor do gado brasileiro. O abate clandestino, chaga que persiste em quase todo o território nacional, mas com forte presença na região Norte, também contribui para desvalorizar a carne.
O menor valor da carne acaba beneficiando a população como um todo, mas às custas de grandes prejuízos para os bons produtores que trabalham dentro das regras e respeitam o meio ambiente.
Sem dúvida que a recuperação dos milhões de hectares de pastagem degradada permitiria ao país aumentar enormemente sua produção de carne sem precisar desmatar mais a Amazônia, mas o custo dessa recuperação não é baixo, exigindo máquinas, adubos, sementes de pastagem e mão de obra. O governo tem feito programas para estimular a recuperação dessas pastagens, mas o setor pecuarista é muito tradicional e geralmente avesso à ideia de investir na atividade. Se de alguma forma os pecuaristas forem obrigados a partir para esta via, sem dúvida terão que repassar o aumento do custo a seu produto, elevando o valor da carne. Isto poderia ser revertido com a adoção de tecnologia e o aumento de produtividade, mas o setor ainda está muito longe de conseguir se aproveitar destes avanços.
A questão da exploração da pecuária na Amazônia tem um outro componente de grande impacto social além do debate criar x conservar, trazendo à tona a seguinte pergunta: estamos preparados para pagar mais pela nossa carne do dia a dia, retirando esta importante fonte de proteína da mesa de milhões de brasileiros das classes mais pobres, para salvar a Amazônia?"

JOÃO LORENA CAMPOS (Piracicaba, SP)

 
 

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