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28/07/2009 - 02h30

Vale-Cultura, Sarney, ética médica

da Folha Online

Vale-Cultura

"O artigo de Gilberto Dimenstein ( Opinião, 26/7) sobre o Vale Cultura é muito interessante. Mas, no final, foi preconceituoso contra as comédias românticas no cinema, botando no mesmo barco, juntamente com os livros de autoajuda, o pagode e a axé music. Um dos melhores filmes da história do cinema, 'Bonequinha de Luxo', estrelado por Audrey Hepburn, é uma comédia romântica. E posso garantir ao colunista que os filmes com Meg Ryan e Drew Barrymore não me decepcionaram de jeito nenhum."

MARCELO CIOTI (Atibaia, SP)

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Senado

"Li a instigante coluna do excelente Carlos Heitor Cony ( Opinião, 26/7). Instigante e provocativa até no título: 'Até quando?'
Cony chama a atenção dos desmemoriados de hoje para a onda moralista que a mídia desencadeou contra o Senado e em especial contra determinado senador (quem será?), a qual lembra a virulência udenista que, expressando a indignação das grandes parcelas da classe média, criaram as condições objetivas para o movimento militar (golpe) de 1964. Vamos aproveitar a dica e retroceder um pouco mais. De 1945, data da primeira deposição de Vargas, nada mudou. Os agentes ditos moralizadores são os mesmos; os veículos são os mesmos; as táticas e técnicas são as mesmas. Em agosto de 1954 as forças que levaram Vargas ao suicídio são as mesmas que tentaram o golpe após a renúncia de Jânio, continuaram as mesmas que ajudaram a forçar o golpe 1964, com a deposição de Jango, como são as mesmas que desde que foi eleito o presidente Lula tentam enredá-lo em esquemas de corrupção para destituí-lo. Nada mudou, rigorosamente nada. Ninguém quer moralizar nada, só derrubar o presidente Lula. É o mesmo velho, rançoso, presunçoso e preconceituoso espírito udenista que nunca desencarnou das nossas 'zelites'. Na mesma página, a excelente Eliane Cantanhêde nos lembra que o presidente Zelaya, vítima de golpe em Honduras, sofre enormes resistências de setores hondurenhos que têm força política, como a Suprema Corte, a Igreja Católica, a mídia e parte do empresariado. Convenhamos: mera coincidência ou a repetição da mesma e surrada história, apenas deslocada geograficamente nesta sofrida América Latina?
Por falar em história, por que não rever um pouco a nossa para sacarmos e entendermos o presente do nosso país, como o fez genialmente Cony com tanta e tão bela economia de palavras?"

ELISABETO RIBEIRO GONÇALVES (Belo Horizonte, MG)

*

"Parece que, enfim, teremos um período de descanso no Senado, sem nenhuma maracutaia dos senadores ou dos 'diretores'. É o período do recesso parlamentar em que o povo acredita que não tenha. Mas será que não ficará nenhum fantasma por lá para continuar a lambança com o dinheiro público?"

SEBASTIÃO ZAMPOLO (São Paulo, SP)

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Sarney

"O episódio de Sarney não estranha. Afinal, na base da política brasileira, infelizmente gerida pós-ditadura, o povo ainda permanece à mercê destes senhores.
A intenção de quem ingressa ou está na política é exclusivamente tirar proveito de todo modo.
Cercados de imunidades ao longo do tempo, as gestões vão passando e absolutamente nada fazem, a não ser aproveitarem ao máximo e sem a menor cerimônia.
Por exemplo: o que faz aquele ilustre senhor Renan Calheiros, ainda transitando livremente por lá?
As velhas ratazanas ainda permanecem sendo reeleitas por nosso povo miserável e facilmente manipulado.
As demais autoridades do país, pelo jeito também corruptas, não tomam partido e atitude.
Será que só mesmo uma revolução popular? O tempo ainda dirá. Enquanto isso..."

MARIO ROMANO FILHO (Ribeirão Preto, SP)

*

"O senador Sarney poderia sim ajudar a neta, mas arrumando emprego em uma de suas empresas particulares e não no governo."

JOSÉ CARLOS BETTONI (Cotia, SP)

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Lula

"É impressionante a arrogância do presidente Lula ao impingir a candidatura de Ciro Gomes em São Paulo. Demonstra total desrespeito ao PT e aos eleitores de São Paulo; uma candidatura arranjada somente para atender os desejos de poder e para estender seus tentáculos também em nosso Estado.
Lula conseguiu acabar com o PT de São Paulo e delira em considerar que os eleitores cairão em mais esse embuste!
São Paulo não merece essa desfaçatez!"

THEREZINHA DE JESUS LIMA E OLIVEIRA (São Paulo, SP)

*

"Leitura filosófica das palavras de Lula, na defesa de Sarney: 'Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa'."

MAHMUD AHMED (São José dos Campos, SP)

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Itaipu

"Novamente o Brasil sai perdendo nas negociações bilaterais com nossos países vizinhos. Desta vez foi com o Paraguai.
Já se tornou rotina no governo do presidente Lula. Sempre que existe uma negociação, é o Brasil quem cede e os vizinhos quem ganham. O nosso presidente é muito fraco para negociar, pois existia um tratado até 2023 com o Paraguai e tratados não deveriam ser quebrados tão facilmente. E agora não adianta dizer que a conta não sobrará para nós brasileiros, pois vai sim. A não ser que exista uma mágica para dar conta de mais de US$ 300 milhões aos quais o Paraguai já conseguiu. Já não bastava terem sido moles com Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa, agora amoleceram também com o ex-bispo.
Lula quer liderar a América Latina nas nossas costas e às nossas custas."

SANDRO FERREIRA (Ponta Grossa, PR)

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Acesso cultural

"No artigo 'Acesso cultural e promoção da igualdade' ('Tendências/Debates', 23/7), o senhor ministro da Cultura Juca Ferreira se esqueceu de mencionar os milhões de brasileiros que não têm acesso aos bens e serviços culturais, não por falta de um vale que os valha, mas, sim, porque no Brasil aos bens, produtos e serviços culturais falta acessibilidade, desenho universal, respeito pelas diferenças e cumprimento da convenção da ONU pelos direitos das pessoas com deficiência.
Do que adianta pessoas cegas com vales nas mãos e sem livros acessíveis para comprar? Sem cinemas ou teatros com audiodescrição? Sem 'close caption' nas televisões? Sem estenotipia nos eventos culturais? Em cadeiras de rodas e diante de escadarias intermináveis nas casas de espetáculos?
Enfim, são 25 milhões de pessoas no Brasil que possuem alguma deficiência sensorial, motora, intelectual ou múltipla (censo IBGE 2000). Para essas pessoas, menos iguais do que as outras, o único 'vale' que existe por enquanto é o 'vale viver de esperança'.
Senhor ministro, a 'Lei do Livro' (10.753/03) espera por regulamentação há seis anos. Existe uma minuta de decreto parada na Casa Civil da República que os movimentos de pessoas com deficiência ajudaram a construir. A partir dela, todo livro terá obrigatoriamente que ser produzido respeitando o desenho universal; todo livro deverá ser para todos no Brasil. O senhor acha que 'vale a pena' empenhar-se para que essa regulamentação saia do papel?"

NAZIBERTO LOPES DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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Ética médica

"Quando se aborda a vida de Michael Jackson, com o rosto deformado por tantas intervenções, é preciso que se discuta a ética na classe médica, sobretudo entre os cirurgiões plásticos. Quando uma pessoa se dirige a um desses profissionais com o desejo de alterar sua forma física, ela tem de ser acolhida dentro de princípios de ética, e isso significa que o profissional não a atenderá em tudo o que está pedindo mas, sim, dentro daquilo que ele considera estético e sem prejuízos à saúde. Muitos devem se perguntar quem terá sido o cirurgião que produziu aquele nariz do cantor, tão fino que acabou por necessitar de uma prótese para se sustentar. Um cirurgião plástico, assim como qualquer profissional deste ou de qualquer país, deveria se pautar pelo princípio cristão de não fazer aos outros aquilo que não se quer para si mesmo. Quando a ganância entra por uma porta, o escrúpulo e o amor ao próximo saem por outra. E é com pesar que muitos de nós assistimos ao desperdício de vidas e talentos tão maravilhosos. Evidentemente, o cantor teve sua parcela de responsabilidade na sua própria deformidade e até mesmo na sua morte precoce, mas se as pessoas ao redor dele tivessem agido com mais ética, seu destino poderia ter sido diferente."

MÔNICA ABATE GUGLIELMI (São Paulo, SP)

 
 

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