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23/12/2009 - 02h30

Pedágios, Opportunity, Ciro, medicina

da Folha Online

Pedágios

"Concordo plenamente com os leitores Caio Flavio Serette ('Painel do Leitor', 18/12) e Danielle de Almeida Pacheco Thomaz ('Painel do Leitor', 21/12) em relação aos absurdos dos pedágios, seus preços e a quantidade no Estado de São Paulo.
Os absurdos são tantos que o governador e os politicos não anunciam suas inaugurações, nelas não comparecem, não fazem festas, não discursam e não tem bandas musicais nas novas praças, porque sabem da impopularidade dos pedágios e do mal que causa ao povo esse exagero.
Por outro lado, o governo faz enorme propaganda, por todos os lados, sobre os feitos que são de sua obrigação, pois foi eleito e está no poder para isso, ou seja, para trabalhar, e não para se promover a custo elevado, dinheiro que poderia ser empregado em coisas de maior utilidade.
São propagandas sem consistência e sem justificativa, mas o povo está vendo e se lembrará nas próximas eleições, em todas as esferas, municipais, estaduais e federal."

JOÃO PINTO (São Paulo, SP)

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Opportunity

"Daniel Dantas mostrou que conhece as leis do Brasil. Quando os escândalos da Operação Satiagraha vieram à tona ele chegou a oferecer US$ 1 milhão a um delegado e ainda justificou a tentativa com dinheiro, desta forma: 'Não quero ser preso e condenado em primeira instância no STJ (Superior Tribunal de Justiça), e no STF (Supremo Tribunal Federal) não há problema algum'. Essa é das mais acintosas afirmações feitas sobre os dois mais altos tribunais do país. Não demorou muito para que tal afirmação se tornasse verdade. O ministro Arnaldo Esteves de Lima (STJ) concedeu liminar em favor do banqueiro. A liminar determina a suspensão do processo contra o Opportunity até o julgamento do processo movido contra o juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal. A conferir quem será refém de quem."

LUCIANA LINS (Campinas, SP)

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Ciro

"Como é que o professor André Singer ('O PT deveria conversar com Ciro', 'Tendências/Debates',21/12), do Departamento de Ciência Política da USP, afirma que Ciro Gomes 'detém uma característica que o distingue na geleia geral da política: tem ideias para o Brasil'. Este senhor já pertenceu ao Partido Democrático Social (1979/84), que era a base de apoio do governo militar. Quando este partido perdeu o 'puder', ele correu para o PMDB (1984), que estava em ascensão. Em seguida, aparentemente, por meros interesses políticos pessoais e locais, transferiu-se para o PSDB, tendo sido eleito governador com o apoio (e o dinheiro) dos Jereissatis. Foi ministro da Fazenda de Itamar Franco (PMDB) e, finalmente, virou 'lulista' de carteirinha ao mudar-se para o PSB (Partido Socialista).
Quais 'ideias' de Ciro devo considerar 'verdadeiras', as do começo de sua vida política, as do meio ou as últimas?
Professor, eu também sou 'uspiano' (Esalq, 1964) e por isso fico chocado com afirmações superficiais e até levianas de um dos nossos professores."

VICTOR ANDRÉ DE ARGOLLO FERRÃO NETTO (Campinas, SP)

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Medicina

"Muito se falou nos últimos dias sobre os resultados de exames realizados pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo com os alunos que estão chegando ao final do curso de medicina.
Muita gente competente já se manifestou sobre o assunto, mas, como estamos no Brasil, quero dar a minha opinião. O início dos problemas é antigo.
Sou médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo em 1970, ou seja, há 39 anos. Quando iniciei o curso, em 1965, tínhamos no Estado de São Paulo seis faculdades de medicina e, à época da formatura, seis anos depois, já eram 18. Isso quer dizer que o número de faculdades triplicou em seis anos e, obviamente, não tínhamos docentes suficientes para tudo isso.
Desde então, o número de faculdades em todo o Brasil cresceu vertiginosamente, o que faz com que a qualidade caia mais ainda. Somado a isso, podemos dizer que o nosso sistema de ensino não ensina nada a ninguém!
Baseados em que tipo de milagre devemos esperar que um aluno, que termina o ensino médio semialfabetizado e sem condições de interpretar um texto, aprenda medicina em faculdades sem as mínimas condições para o ensino?
Já vi alguns milagres acontecerem nesse 39 anos de medicina, mas esses quem faz é Deus! No ensino não existem milagres!
Vivemos no país dos números, leis e estatísticas. Então, temos que repetir que 'nunca antes neste país' se ensinou tão mal a tantos; 'nunca antes neste país' tivemos tantas leis que ninguém respeita; 'nunca antes neste país' as estatísticas foram tão mentirosas."

RICARDO MELHEM ABDO (São Paulo, SP)

 
 

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