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05/01/2010 - 02h30

Chuvas, Lobão, Ditadura, Esporte

da Folha Online

Chuvas

"O comentário do procurador da República sobre o 'ovo da serpente' (Folha, 4/1) faz a gente pensar muito. Às vezes a corrupção aparece à tona, como no caso do Distrito Federal; outras vezes ela vem embutida nos financiamentos eleitorais que são uma praga de difícil ou impossível fiscalização. Isso se estende até os últimos acontecimentos de enchentes e desmoronamentos, com tantas mortes, feridos e desabrigados. Nesta cidade de São Paulo, então, muita coisa errada deixaria de acontecer se as subprefeituras fossem ocupadas por técnicos e não por políticos. Um técnico não iria deixar ocupações em beira de córregos, em encostas ou sítios alagáveis. Um técnico não deixaria serem construídas edificações fora dos padrões legais. Os proprietários seriam obrigados a construir calçadas de conformidade com as normas da prefeitura e não de acordo com a conveniência de cada um, com aclives, declives ou escadas etc. Num ano como este, de eleições, um dirigente político vai deixar proliferar o número de ambulantes ilegais, vai fechar os olhos para tudo que possa prejudicar futuros eleitores, tolerando irregularidades. Favorecer para receber favores."

WALDEMAR CINTRA (São Paulo, SP)

*

"Com o coração triste uso este espaço para falar da ganância de alguns e da ignorância de muitos. Os governantes não deveriam deixar que as pessoas ocupassem os fundos dos vales, as áreas de várzea e tampouco as encostas. Muitas pessoas morrem. Agora, em Angra dos Reis, houve maior repercussão devido ao poder aquisitivo dos moradores, mas infelizmente essas catástrofes são constantes devido à ignorância das pessoas e à ganância política imediata. Todos estes fatores desrespeitam a natureza, que não deixam esses crimes impunes. Até quando continuaremos, mesmo ao preço de tantas vidas?"

ALCIONE PELEJA (Goiânia, GO)

*

"Muito comuns na época das chuvas, as quedas de barreira nas estradas atormentam a vida dos brasileiros e das brasileiras. Além dos prejuízos materiais, há ainda em alguns casos o mais lamentável, que é a perda de vidas. O que me intriga são dois aspectos. O primeiro refere-se à incapacidade de nossa engenharia, que não consegue solucionar esse problema. A cada ocorrência aparece na mídia um geólogo especialista explicando a razão dos deslizamentos. Será que não dá para consultar esses geólogos especialistas quando da construção de uma estrada? O segundo aspecto relaciona-se à responsabilidade do construtor. Não me recordo de notícia sobre pagamento de indenização por parte dos mesmos. Até que a incapacidade e a impunidade não se resolvam, resta ao contribuinte usuário das estradas ficar atento também às encostas que podem desabar em cima do próprio. Boa sorte e boa viagem."

MARCUS SOARES PERINI (São Paulo, SP)

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Lobão

"Em relação à entrevista com o título 'Brasil não pode se tornar refém de ambientalistas' (Folha, 4/1), o autor da entrevista, ministro Edison Lobão, disse que 'o Brasil não pode ficar refém dos humores do Meio Ambiente'. Nota-se, portanto, que a manchete inserida não foi fiel ao texto da entrevista. Trata-se do licenciamento ambiental de hidrelétricas, em especial, do caso de Belo Monte, no rio Xingu, Pará. Reclama o ministro do tempo da tramitação do licenciamento e de que não estaria havendo problemas técnicos para o licenciamento. A publicação procura direta ou indiretamente jogar a responsabilidade de futuros racionamentos de energia elétrica no movimento ambientalista e, concretamente, no Ministério do Meio Ambiente. A licença ambiental é entendida por parte do governo como um obstáculo para o desenvolvimento econômico e, assim, se quer transformar esse procedimento numa simples fachada, onde a concessão da licença seja uma coisa automática e sem contestação. Acredito que precisamos, no Brasil, de um entendimento imediato e sem preconceitos entre desenvolvimentistas e ambientalistas. Não adiante falar-se em desenvolvimento sustentável na área governamental quando não se tem informações contínuas e amplas da tramitação dos estudos de impactos ambientais e dos licenciamentos. Se houver excessos ou se houver omissões, que eles sejam discutidos publicamente, em procedimento de inegável transparência administrativa. Seria uma estupidez, e até uma insanidade, ignorar as consequências das possíveis agressões contra o meio ambiente."

PAULO AFFONSO LEME MACHADO, professor da Unimep (Piracicaba, SP)

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Ditadura

"Tenho visto, na imprensa, alguma coisa com relação ao Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH - 3, criado pelo decreto nº 7.087, de 21/12/2009. Confesso que, depois de lê-lo totalmente, fiquei sem entender a reação que tiveram o ministro da Defesa e os comandantes militares. Acho que não leram todo o anexo ao decreto, que contém seis eixos orientadores. Leram apenas o eixo orientador 6 - Direito à Memória e à Verdade. Se tivessem lido todos os outros cinco eixos, que no total se subdividem em 24 diretrizes, e cada diretriz em vários objetivos estratégicos, cada um dos quais com várias ações programáticas, cada uma delas sob a responsabilidade de um ou vários ministérios e secretarias, sem indicar a quem cabe a responsabilidade de coordenação, termina, na prática, não tendo nenhum responsável. Acho que, ao invés de se incomodarem com o eixo 6, procurassem entender aquele plano e implementá-lo, totalmente, seria um bom exercício estratégico para o Estado Maior das nossas Forças Armadas, além de, se conseguissem implementá-lo, prestarem um excelente serviço à nação brasileira."

ANFONIEL ALVES FEITOSA (Recife, PE)

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"Não faz sentido a resistência dos militares pela não reabertura da apuração de crimes cometidos durante a ditadura militar. Isso porque há uma dupla via, que tanto pode atingir os repressores como os reprimidos. Não se trata de reabrir feridas, como disse uma alta patente militar,mas de cicatrizá-las."

CARLOS NEVILLE (Salvador, BA)

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Esporte

"Quero expressar minha discordância com a opinião de que o aumento na média de altura dos atletas pode transformar o esporte em um meio de exclusão. Na minha opinião, esse crescimento só mostra todos os benefícios que o esporte pode trazer, contribuindo na estrutura corporal de crianças e jovens. É necessário, no entanto, investir no esporte como política pública e não apenas concentrando investimento no alto rendimento. Dessa forma, quem sabe, até 2016, possamos nos tornar uma nação esportiva para que da quantidade tiremos a qualidade."

PEDRO VALADARES (Brasília, DF)

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