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18/01/2010 - 02h43

Zilda Arns, Haiti, Danuza Leão, Joaquim Nabuco

da Folha Online

Zilda Arns

"O legado de Zilda Arns foi ter diminuído a mortalidade e a desnutrição infantil com o soro caseiro (água + açúcar + sal) para combater a desidratação e a multimistura (casca de ovo + arroz + milho + semente de abóbora etc.) para combater a desnutrição. Graças à Pastoral da Criança, criada e administrada por ela. Como se vê, ela ensinou a usar ingredientes básicos que não dependiam de votos nem de dinheiro do governo. Assim, quem aprendeu a lição pode aplicá-la em sua vida, independente desse ou daquele governo. Morreu como desconhecida para muitos, pois não tinha verba para propaganda e não ficava em palanques chorando elogios da mídia. Ela dava a vara e ensinava a pescar, por isso deixou pescadores eficientes que continuarão a sua obra. Diferente da politicalha que nos é imposta diariamente por governantes populistas e demagógicos, que em troca do voto alienam as pessoas e as tornam dependentes de esmolas. Dona Zilda Arns foi mulher que fez, seu discurso era a ação, na política brasileira a ação continua sendo só discurso."

IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

*

"O velório da dra. Zilda Arns foi o inverso de sua atividade comunitária. Sem contratos milionários, holofotes, jatinhos, celulares, personalidades eleitas a peso de ouro e tapetes vermelhos, diminuiu a mortalidade infantil e mudou o perfil nutricional das crianças brasileiras, que não são poucas nem urbanas. Metodologia usada? Uma rudimentar: educação básica, lápis, papel, balança, alimentação adequada e simples, apoiada em oferta local, determinação e persistência. Isso significa dizer que é dessa forma que se pode mudar o perfil da morbidade e da mortalidade da população brasileira adulta. Implantação, valorização, execução e vigilância dos programas de hipertensão arterial e diabetes, das unidades básicas de saúde (inadequadamente chamadas de postinho). Lápis, papel, diagnóstico precoce, esfigmomanômetro, glicosímetro, dieta adequada ao meio, remédios simples e reconhecidamente eficazes para controlar essas doenças prevalentes em qualquer rincão do Brasil. Mudar o perfil da morbimortalidade do brasileiro depende menos da tecnologia e sofisticação do que da determinação e persistência na atenção de seus aspectos básicos."

LUCIANA AMARAL (Curitiba, PR)

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"Maravilhoso, comovente e terno o artigo de Fernando Altemeyer Júnior sobre a sra. Zilda Arns (Mundo, 17/1). Palavras que bem expressam nosso sentimento de tristeza e, ao mesmo tempo, de admiração e carinho por esse ser humano tão raro que jamais poderá ser esquecido por nós, brasileiros."

MARIA EFIGÊNIA BITENCOURT TEOBALDO (Belo Horizonte, MG)

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Haiti

"Não obstante haver ojeriza por parte da cúpula do governo brasileiro em relação ao imaginário 'imperialismo americano', versão à la Hugo Chávez, Fidel, Morales e outros, razão incontestável assiste à diplomacia brasileira em criticar publicamente as atitudes dos EUA pela intervenção com ações unilaterais desconcentradas em socorro ao povo haitiano.
Ora, é preciso que sejamos respeitados. Afinal, estamos lá há vários anos e fazendo um trabalho imensurável em prol daqueles seres humanos até então esquecidos, sobretudo pelos países mais ricos que poderiam já ter feito muito, mas não o fizeram. O momento é de união, entendimento pacífico e ordeiro, e o Brasil, em coordenação com a ONU, tem competência para tal, instituindo ações incisivas, práticas e rápidas para amenizar o sofrimento daquela gente. Sintetizando as palavras do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e do general Floriano Peixoto, comandante da força de paz, eu diria que doravante o Brasil terá a precípua missão de, além de manter a paz, pois a população vai se desesperando com o passar do tempo sob o sentimento de volta ao passado, trabalhar incansavelmente, se possível diuturnamente, para a reconstrução do Haiti. Certamente, neste momento, o 'unilateralismo', por qualquer país que seja, mesmo que imbuído das melhores intenções, não trará resultados imediatos e eficientes como a situação exige."

JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA, subtenente da reserva do Exército (Lins, SP)

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"Absolutamente ridícula e sem propósito a viagem do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e dos ministros da Marinha e do Exército ao Haiti. Além de serem os únicos a fazer isso entre todos os demais países, não existe lá uma missão militar? O comando da missão é incapaz de relatar a gravidade da situação? De ter pelo menos uma avaliação inicial do que é preciso? A aeronave que os levou nesse 'passeio' turístico não poderia ter sido melhor utilizada? E por que os corpos dos militares mortos já identificados e disponíveis para serem transladados ainda não o foram, para desespero de familiares? Tão cioso de holofotes que se esquece do principal: ajuda maciça, especialmente alimentos, sem esquecer da segurança. Quem sabe alguém não terá a brilhante ideia de enviar a Dilma para lá também e, repentinamente, transformar-se ela na grande organizadora da ajuda humanitária."

EDUARDO PASSOS (São Paulo, SP)

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Danuza Leão

"Concordo totalmente com o artigo da Danuza ('Delícias do passado', Cotidiano, 17/1). Era realmente muito excitante ter um telefone fixo, uma glória ser contemplado pela Telesp com um telefone que seria instalado em uns oito meses. A instalação do telefone era uma festa na família. Tudo isso acabou. A culpa é das privatizações do FHC. Foi um estraga prazeres. Agora todos têm telefone fixo, celular, computador, email, Facebook, Blackberry etc . Acabou a graça! E esses objetos de consumo burgueses ficam corrompendo a antiga alma heroica do brasileiro. Bom mesmo é a vida em Cuba, onde ainda causa enorme alegria você ser premiado com um telefone fixo. A gente era feliz e não sabia! Muita saudade!"

NELSON PRADO ROCCHI (Campinas, SP)

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Joaquim Nabuco

"É lamentável que parte da nossa história passe desapercebido, cem anos da morte de um dos maiores nomes que o Brasil já teve, o pernambucano Joaquim Nabuco (Mais!, 17/1), apesar de ser filho da elite açucareira, lutou pela abolição da escravidão, foi diplomata, enfim, um dos grandes intérpretes do país. Hoje quase ninguém conhece os trabalho que o mesmo fez em prol da nação brasileira, quem vai à Pernambuco pode conhecer parte da sua história."

ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP)

 
 

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