Sem árvore
Li a reportagem "Prefeitura de São Paulo não planta árvores há seis meses" (Cotidiano, 21/2) e quero falar sobre o bairro do Tremembé, na zona norte da capital, onde moro há 22 anos. Aqui ocorre exatamente a mesma coisa, ou seja, as árvores são constantemente removidas pela prefeitura, muitas vezes sem outro motivo a não ser a vontade de moradores de se livrarem do "incômodo". Nosso querido Tremembé, que sempre foi referência em relação ao verde exuberante, está a caminho de se tornar mais um bairro degradado, sem vegetação, tal como o Brás.
Roberto Siqueira (São Paulo, SP)
Que tal uma tributação de IPTU maior para a turma do cimento e menor para quem plantar árvores defronte ao imóvel e pôr faixa de grama na calçada? Tudo com supervisão da prefeitura em relação às mudas e aos locais de plantio. Isso se insere na campanha de redução do efeito estufa. Não temos um vereador genial para propor algo parecido?
Sérgio Mattos (São Paulo, SP)
A questão é complicada em toda a cidade. Mesmo em bairros bons tem havido vários cortes de árvore e nada ou quase nada é reposto. Cimentam o antigo canteiro ou largam o tronco cortado junto à raiz e deixam na calçada. Fora a Enel, que faz podas de qualquer jeito e mutila as árvores. Isso tudo precisa melhorar; e a população também precisa valorizar as árvores. Muita gente nem quer ter o trabalho de varrer folhas. Tenho pena dos pássaros.
Denise Grecco (São Paulo, SP)
Se o problema fosse só o não plantio de árvores estaríamos bem. Aqui nesta cidade quase tudo está sucateado; o semáforo desregulado, a placa de rua apagada, o asfalto esburacado, o lixo espalhado, o barulho, o trânsito caótico, a poluição, a especulação imobiliária sem limites.
Sulinha Fernandes (São Paulo, SP)
Eleições
"PT investe no trio SP-RJ-MG para dar estabilidade a possível governo Lula" (Política, 21/2). A esperteza do lulismo é sem limites. Não há nenhum princípio ético e programático, apenas interesse fisiológico pelo poder. O PSD tinha montado esquema com Kalil (MG), Alckmin (SP) e Santa Cruz (RJ). O lulismo tenta desmontar. O PSB tinha candidatos competitivos em vários estados: França (SP), Freixo (RJ), Casagrande (ES) etc. O lulismo tenta desmontar.
Hamilton Octavio de Souza (São Paulo, SP)
Para evitar que o mal continue, é necessário pensar além do lógico e tentar trazer para o próximo governo, que creio será com o ex-presidente, um pouco de tranquilidade para conseguir reconstruir um mínimo de civilidade, justiça e proteção social aos mais necessitados. Se quiséssemos um governo desastroso e destruidor, continuaríamos com o milico.
Maria Irene de Freitas (Rio de Janeiro, RJ)
Infelizmente, o PT não pensa mais no povo. Se é que um dia pensou. É apenas o poder pelo poder. Por que não se unir ao França em São Paulo, já que ele provou que sabe administrar?
Paulo César de Camargo Miranda (São Paulo, SP)
"Lula lidera, Bolsonaro cresce e Moro cai, mostra pesquisa CNT/MDA" (Política, 21/2). Acho que essas pesquisas querem me deixar doido. Bolsonaro tem um índice de rejeição absurdo, mesmo assim ainda tem quase 30% dos votos. E, se for para o segundo turno, corre o risco de ganhar até do Doria. Não considero Doria um bom governador, mas daí a dizer que ele é pior que Bolsonaro chega a ser um absurdo.
Vicente de Paula Venâncio (Diadema, SP)
Na eleição deste ano serei simplesmente pragmático. Votarei em quem realmente tem condições de defenestrar o capitão da Presidência com um chute muito bem dado no traseiro. Que vergonha o incompetente e verborrágico nunca estar em primeiro lugar nas intenções de votos em nenhuma pesquisa.
Henrique Oliveira (Cascavel, PR)
O Bolsonaro vai virar; brasileiro ama o paternalismo.
Viagens
"Mario Frias pediu R$ 33 mil em reembolso por ida a Nova York com dinheiro público" (Ilustrada, 21/2). Que sujeitinho esse... Viajou com dinheiro público mas na ação queria que o dinheiro fosse para o bolso dele.
Renato Dutra (Campo Grande, MS)
Agrotóxicos
Após ler a opinião de alguns leitores, sugiro à Folha que promova um fórum, um debate sobre agrotóxicos, com a participação de engenheiros agrônomos, médicos, especialistas em agrotóxicos, ruralistas grandes e pequenos, profissionais da Emater, da Embrapa e do Ministério da Agricultura... Só assim será possível saber, de fato, o que é mito e o que é verdade no que diz respeito ao uso dos agrotóxicos.
José Roberto Cassiano (São Paulo, SP)
Folha, 101
101 anos sendo um jornal plural, que abre espaço para o debate político e filosófico. Um jornal conscientizador. A Folha pode ter um controle acionário, mas no coração e na alma ela é nossa. Sem medo de estar errado, digo que, ao lado de The New York Times, El País, The Guardian e Le Monde, a Folha é um dos melhores jornais do mundo. Que venham mais alguns anos...
Diogo Molina Gois (Itajubá, MG)
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