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17/02/2010 - 02h30

Educação, corrupção, Adoniran, TV, lavagem de dinheiro e corrupção, suicídio

da Folha Online

Educação

"O governador do Estado, o secretário da Educação e a Apeoesp conseguiram transformar a educação paulista num autêntico 'samba do crioulo doido'.
Primeiro tiraram das equipes gestoras das escolas o direito de atribuirem as aulas das oficinas curriculares das escolas de tempo integral, passando-as ao processo normal de atribuição. Essas aulas eram atribuídas por perfil e aos projetos apresentados pelos professores à equipe gestora (diretor, vice e professor-coordenador).
Em seguida veio a notícia da malfadada prova, em que os professores que não alcançassem determinada nota não poderiam dar aulas em 2010. Depois de uma semana conturbada de atribuição, com medidas liminares e cassação dessas medidas, recebemos na sexta-feira uma professora que não passou na prova -e, portanto irá cumprir dez horas de permanência na escola sem poder lecionar- e que teve atribuídas 13 aulas de oficinas curriculares (leitura, experiências matemáticas, saúde e qualidade de vida e orientação de estudos e pesquisa). Ou seja, dará essas aulas numa classe de 1º ano do ensino fundamental. Atentem para as disciplinas e vejam se conseguem entender a lógica da qualidade da educação oferecida pelo governo do Estado após ouvida a maravilhosa associação de classe.
'Parabéns', nada como uma notícia como essa, no país do Carnaval. Após 38 anos de magistério, ainda tentamos acreditar e trabalhar."

OSMAR AURICHIO, diretor da E.E. Professora Mildre Álvares Biaggi (São Bernardo do Campo, SP)

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Adoniran

"No Carnaval deste ano, os cariocas reverenciaram a memória de um dos grande compositores do Brasil por ocasião do centenário do seu nascimento: Noel Rosa. Aqui em São Paulo, o centenário de outro gigante, Adoniran Barbosa, passou em branco. Parece que certas frases cobram sua atualização: 'São Paulo, túmulo do samba'? Não. 'São Paulo, túmulo da memória do samba'."

DAINIS KAREPOVS (São Paulo, SP)

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TV

"Discordo totalmente da crítica de Eduardo Escorel sobre o 'Globo Repórter' que transmitiu programa da TV francesa (Ilustrada, 14/2). Assisti a esse documentário em Paris, onde foi razoavelmente elogiado e crítico nenhum achou que a TV francesa tratava os espectadores como crianças. Penso que ele talvez tenha se confundido, achando que estava assistindo ao canal Discovery e esperava uma tese científica de maior profundidade, e não a didática comum às TVs abertas em todo o mundo.
Há dias, ele escreveu sobre o 'Jornal Nacional' a partir de um ponto de vista 100% cinematográfico - de novo, usou o argumento errado para cobrar falta de conteúdo. Onde ele pensa que vive? Nos EUA, na Inglaterra, na França, onde quiser, o que ele pensa que vai ver nas TVs abertas?"

MANOEL FRANCISCO NASCIMENTO (São Paulo, SP)

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Lavagem de dinheiro

"Dá para entender por que a lavagem de dinheiro cresce em progressão geométrica. Segundo deu na mídia, ficamos sabendo, por meio do Gafi (Grupo de Ação Financeira), que a lei brasileira de lavagem de dinheiro não inclui a responsabilidade penal das empresas, e a apreensão de bens caiu para pouco mais de 5% desde 2007. Ou seja: se correr, o bicho escapa, se ficar, consegue o enriquecimento ilícito, fácil, fácil, 'rachando' o lucro com abnegados corruptos."

CONRADO DE PAULO (Bragança Paulista, SP)

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Faltaram os políticos

"Empreiteiros, arquitetos, 12 empresas de construção civil, advogados, engenheiros, fornecedores e servidores públicos são acusados de formar cartel para fraudar licitações de obras e reparos em órgãos públicos no Rio de Janeiro.
A cara de pau foi tanta que chegaram a fraudar licitações em obras na sede da Polícia Civil, que percebeu a fraude e começou a investigação.
Segundo informações do núcleo de combate a corrupção e a lavagem de dinheiro, entre 2008 e 2009, somados, os contratos vencidos pelo grupo criminoso chegam a R$ 100 milhões.
Somente com o superfaturamento do valor das obras a polícia estima um lucro de R$ 20 milhões no período.
A polícia também descobriu que o grupo pensava no futuro, pois já se preparava para fraudar obras para a Copa-2014 e a Olimpíada de 2016.
Entre as comissões dos fiscais e o rateio entre as empreiteiras, o superfaturamento podia chegar a 50%.
Nessa história toda, ainda não foi citado um personagem folclórico, que é sempre lembrado quando se fala de superfaturamento e dinheiro público.
Com o desenrolar das investigações, nomes que estarão em evidência entre julho e outubro de 2010, com toda certeza, aparecerão."

FABIO TAVARES (Rio de Janeiro, RJ)

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Suicídio

"Ao final do artigo 'Matadouros', o jornalista João Pereira Coutinho refere-se a leitores que não concordaram com ideias de seu texto anterior como 'zelotes'. Mas, querendo ou não, foi o papel que ele próprio assumiu ao comparar a empresa suíça Dignitas, para suicídio assistido, à pena de morte ou a campos de concentração. Acredito que, ao contrário dos campos ou da pena de morte, recorre à empresa Dignitas quem assim desejar -e pagar-, certo? A comparação não cabe, são situações completamente diferentes. Ainda há dificuldade para se entender o suicídio como possibilidade de escolha, pessoal. Não se trata apenas de um conceito abstrato, filosófico. Refere-se a certa materialidade da vida que provoca sofrimento (inclusive físico), que por vezes priva um ser humano de sua própria dignidade. Que bom que todos podemos opinar sobre tudo, mas militar contra ou a favor da prática leva a discussões vazias, geralmente tocando em certos ranços religiosos; há que se garantir a liberdade de opção a quem dela precisar e abordar o tema de forma lúcida, sem comparações rasas e equivocadas que buscam apenas respaldo à própria opinião. Expressar as próprias opiniões, sim, mas sem lançar mão da desinformação."

MARÍLIA MEZZOMO RODRIGUES (Florianópolis, SC)

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'Big Brothers' da vida

"Muito bom o artigo de Fernando de Barros Silva sobre a estudante-celebridade Geisy Arruda. De quase linchada na Uniban a celebridade instantânea foi apenas um passo. Não a condeno e acho que está certa em aparecer e ganhar um dinheiro. Mas isso só mostra como age e pensa a sociedade brasileira, que só pensa nos 'Big Brothers' da vida e deixa a política e a educação de lado."

GUILHERME FREITAS (São Paulo, SP)

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Caças

"Parece que o assunto, meio que esquecido, mas que deve voltar à baila logo, ainda vai dar muita prosa. A prevalecer a vontade e a teimosia do presidente Lula, do ministro Nelson Jobim e da cúpula do governo pró-aquisição dos aviões franceses, pela ótica simplista de estratégia de governo, ignorando e até desmerecendo o trabalho técnico empreendido pelos militares por mais de dois anos, subscrito em milhares de páginas, torna-se imperioso que esses senhores, que doravante passarão a ser os únicos responsáveis pelos eventuais erros dessa empreitada, sejam signatários de um 'Termo de Responsabilidades' perante a nação brasileira. Parece que o virus da ojeriza pelo 'imperialismo' americano, disseminado por pseudoesquerdistas, sobretudo na América do Sul, infectou também o nosso mandatário e seus iluminados assessores. Pergunto: o que entendem de avião esses senhores, a não ser da satisfação imensurável de voar, voar e voar ao redor do mundo às custas do erário? O ministro Jobim foi pouco mais adiante ao reclamar certa vez do tamanho e da distância entre as poltronas em voos comerciais. E só, parou por aí."

JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA (Lins, SP)

 
 

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